O leão mostra a sua raça ou o lobo começa a despir a pele de cordeiro?

Os portugueses que queiram analisar o debate com atenção, deverão ter reparado que Cavaco tropeçou. Cavaco balbuciou e mostrou-se surpreendido com a possibilidade de um Governo não querer a sua ajuda para “levar a cabo a modernização do país, que só se consegue com o aumento da competitividade das empresas….” (e a cassete continua como já sabem)...

Soares numa palavra desmascarou todo o discurso de Cavaco Silva: demagogia.
O Político intermitente acena aos portugueses com as bandeiras do costume: emprego, pensões, crescimento, justiça social. Mas quem pode contestar isso?!

O problema é que em Fevereiro os portugueses já disseram que é Sócrates quem tem essa função. Não podemos ter um Governo bicéfalo!

Soares revelou que tem energia física e mental para enfrentar 5 anos de grandes dificuldades. Não podemos desperdiçar esta nova oportunidade dos fundos comunitários de 2007-2013 em guerrilhas institucionais ou com problemas de protagonismo político.

Soares sabe exercer o poder moderador. Já o provou no passado e agora está ainda melhor preparado.

Comentários

Anónimo disse…
Não há outra leitura possivel a fazer senão esta:

Acabámos de ver na RPT 1 um debate político entre:

-Um candidato a Presidente da
República, na pessoa do candidato
Mário Soares e

-Um candidato a Primeiro Ministro
na pessoa de Cavaco Silva!!!!!

Esta é a verdade verdadeira, e o resto são cantigas...

Eu pasmo cada vez mais quando vejo o Cavaco abrir a boca!!! Como é que é possivel que uma pessoa com responsabilidades politicas e intelectuais só diga baboseiras, despropósitos, fuja ao que lhe perguntam respondendo uma coisa completamente diferente!?!?!?

A demagogia tem limites e a paciência de quem tem um mínimo de inteligência também. O homem não mudou nada, não evoluiu, não cresceu politicamente e nem intelectualmente.

Este país tem realmente o que merece!
Anónimo disse…
Vendo bem a questão chegamos à triste conclusão de que não temos cá no País ninguuèm com tomates para levar o barco a bom porto.
Então porque estamos à espera ?
Arranje-se já uma candidata mulher!
Anónimo disse…
Resumo do debate:
Cavaco falou de si próprio e das suas ideias.
Soares falou de... Cavaco.
Anónimo disse…
Soares é mesquinho!
Que vergonha!
Anónimo disse…
Foi à grande e à Mário Soares!
Sem papas na língua, reduziu o outro candidato ao que ele é:
um "razoável economista"!
É um risco muito grande confiar a bomba atómica nas mãos desse candidato. À primeira que puder, deita o governo abaixo e depois vai mudar de primeiro-ministro como antes mudava de ministro das finanças, ou seja, consoante as modas.
Mal empregado dinheirinho que a UE vai mandar...
Anónimo disse…
A comitiva de CS já lambe os beiços com os milhões que a UE vai mandar.
Percebe-se que a imprensa espanhola tenha gostado tanto da governação de CS. E melhor ainda o ditado que de lá "nem bom vento nem bom casamento".
Anónimo disse…
Soares ganhou o debate e vai ganhar a eleição presidencial.
O outro candidato ainda está muito verde, talvez daqui a 10 anos esteja melhor.
Anónimo disse…
Não sei se Soares foi sequer um razoável primeiro-ministro.
O que sei é que hoje, no século XXI, Portugal não vai querer para Presidente um tipo que tem um umbigo maior do que o mundo, com tiques de arruaceiro, que não sabe comportar-se serenamente num debate para o cargo de mais alto magistrado da Nação.
Cavaco mostrou, mais uma vez, que é um senhor!

(Pergunta: Porque é que tão grande personalidade não conseguiu ser eleita presidente do Parlamento Europeu?)
Anónimo disse…
Ontem Cavaco caiu. Foi o princípio do fim do sonho presidencial para Cavaco.

Nacib
Anónimo disse…
Ó Nacib deves andar a ver filmes ainda a preto-e-branco.
Cavaco caiu, sim, mas foi (ainda mais) no coração dos portugueses.
Porque o que nós queremos é um Presidente que conheça os dossiers, um Presidente que trabalhe, um Presidente que não seja arrogante nem arruaceiro, um Presidente que não falte à verdade conforme lhe convenha ou não, um Presidente que saiba comportar-se, um Presidente que deixe falar os outros sem os interromper, um Presidente europeu.
"Ele não tem conversa", disse Soares, olhos esbugalhados.
Pois não, pois não. Felizmente. É que Portugal precida de um presidente a sério e não de um presidente da treta (conversa).
Anónimo disse…
Com tanta competência do candidato da direita, o PM bem podia dispensar meia dúzia de ministros: finanças, economia, agricultura e pescas, segurança social, educação, e claro relações externas.
Com esse candidato Presidente, o PM arranjava um "faz tudo", um Presidente para todo o serviço.
Se calhar mesmo até podia ir de férias e deixava-o lá a estudar os dossiers.
Imagine-se o dinheiro que se poupava em políticos e assessores. O tal candidato fazia tudo, a gente nem precisava do Governo nem da AR. Solução milagrosa, que tal?
Anónimo disse…
Já todos conhecemos Mário Soares. E todos sabemos que o rigor não é uma das suas qualidades.
Hoje, o "Correio da Manhã" vê-se obrigado a publicar a seguinte "Nota da Redacção":
"N.R.: Na última sondagem CM/Aximage, Cavaco Silva tinha 50,9% das intenções de voto e não 44% como disse ontem Mário Soares."
Não são necessárias mais palavras.
Anónimo disse…
Foi um debate muitíssimo injusto: 58 dos 60 minutos do debate foram de Cavaco Silva!
Cavaco falou de si próprio e das suas ideias.
Soares falou de... Cavaco.
Anónimo disse…
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Anónimo disse…
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3:59 PM

RE: Talvez por lapso, voltou a colocar o artigo do JN no post seguinte, como pode verificar.
Anónimo disse…
Como Soares deu um KO a si próprio

Alterar tamanho
Mário Soares precisava, no debate final com Cavaco Silva, de ser politicamente contundente mas, também, construtivo e credível. Foi, apenas e só, agressivo no tom e destrutivo nas palavras. Precisava de abrir brechas no distanciamento esfíngico de Cavaco, de o fazer descer do pedestal de superioridade em que tem decorrido a sua campanha. Conseguiu, apenas e só, desgastar-se a si próprio em ataques e indelicadezas sucessivas reforçando a aura de seriedade e respeitabilidade do seu adversário.

Mário Soares não fez uma única intervenção, uma única, ao longo de mais de uma hora de debate, com uma ideia para o país, com uma proposta mobilizadora, com uma mensagem positiva. Foi reiteradamente agreste, catastrofista, acintoso, negativista. Obcecado em denegrir e abalar o adversário, esqueceu-se de que estava a falar para os portugueses, perdeu a compostura e o discernimento, transformou uma campanha presidencial num recinto de luta livre, converteu um debate político numa conversa, azeda e ressentida, de vizinha rezingona e maldizente.

Soares chamou tudo o que podia chamar a Cavaco. «Não tem competência, não tem temperamento, não tem conversa, não é um social-democrata, é um homem de direita, quer vender gato por lebre, não tem uma formação democrática precisa, não fala, está blindado, deu o poder a outro porque tinha medo de ser julgado e de perder, é um político intermitente, só gosta de panegíricos, só governa em tempo de vacas gordas, é um economista razoável, não é um suprassumo da economia, tem vergonha do partido dele, quando está com outras pessoas ou fala de economia ou cala-se, etc., etc., etc».

A diatribe de Soares foi-se tornando, a cada remoque ou intervenção que fazia, mais incómoda para os espectadores, mais patética pela exaltação, mais confrangedora pelo excesso de linguagem e pela gratuitidade dos ataques. Chegou a roçar a inconveniência, como na alusão às conversas com políticos europeus sobre o comportamento de Cavaco quando este era primeiro-ministro.

Cavaco nem precisou de ser brilhante para sair claramente por cima deste debate. Bastou-lhe ignorar a má-língua, não baixar ao nível conflituoso e chocarreiro do seu adversário, falar do pensa poder ser o seu papel em Belém e, em sintomático contraste, deixar cair alguns elogios às qualidades do opositor. Enquanto isso, Mário Soares tratava, acusação atrás de acusação, golpe após golpe, de dar um KO a si próprio e de se pôr fora de combate.

Crónica de opinião ded José António Lima, no Jornal Expresso.

Mais palavras para quê?
Todas as pessoas que falei hj só referiam a má educação de Soares e o facto de não ter apresentado uma ideia para o País.
Até tive um dos meus melhores amigos, que é socialista, que me disse: "Soares? Nem me fales, que desilusão."
Anónimo disse…
Texto retirado do blog "Mar Salgado":

"SOMOS DIFERENTES ATÉ NA LINGUAGEM!" Se porventura tivesse de destacar uma frase no debate que opôs Soares a Cavaco, seguramente que seria esta discreta mas fundamental afirmação de Cavaco Silva. Ela demonstra claramente o que tem distinguido estas duas pessoas: Cavaco Silva conseguiu manter a calma e o respeito mesmo sob os mais ferozes e soezes ataques; Mário Soares foi vulgar e ofensivo como só ele sabe. Registo que, para além das constantes interrupções a que se permite (e lhe permitem), não deve ter passado despercebido às pessoas que Soares se referia sempre a Cavaco Silva como "ele". "Ele" isto, "ele" aquilo, "ele" aqueloutro, numa arrogância pessoal enorme e inqualificável que, se fosse feita por qualquer outra pessoa (ou se fosse feita por Cavaco Silva a Soares), cairia o Carmo e a Trindade.
O respeito entre candidatos presidenciais exige-se, a falta de respeito de Soares deve ser criticada e a ausência de resposta ao mesmo nível por parte de Cavaco Silva deve ser elogiada.

Como deve ser elogiada a contenção de Cavaco Silva quando Soares veio socorrer-se das suas aulas na Universidade de Coimbra: violasse Cavaco Silva as regras do Marquês de Queensberry, como Soares se fartou de fazer durante o debate, e fizesse Cavaco a simples advertência de que existe um diferença abissal entre quem dá aulas por ser convidado e quem as dá por ter prestado provas académicas, e Soares seria arrasado.
Realce-se que Soares não se bastou com a simpatia dos entrevistadores, que evitavam referir-se ao outro candidato como "Sr. Professor", como seria natural; Soares quis ser também, embora em biquinhos de pés, professor universitário. Pronto(s). Mas fica a dever a Cavaco uma, por este não o ter enxovalhado ali mesmo.

Soares não se ficou por aqui. Para o lado, ainda se queixou de Cavaco Silva ler dossiers mas não ler livros - tecla que repisa ignobilmente sem aquilatar da sua veracidade -; pesporrente, acusou-o de lhe faltar cultura; deselegantemente, referiu-se a supostas conversas desagradáveis que os seus amis teriam tido consigo sobre Cavaco Silva; chegou ainda a fazer comparações com Marcello Caetano e isto tudo numa animosidade pessoal inconcebível e à qual, com uma contenção que não imaginei ser capaz, Cavaco Silva sempre se recusou responder. Fiquei a admirar Cavaco por isso porque eu não seria capaz.

Da maneira como Soares colocou as coisas, aquilo a que assistimos hoje não foi um debate presidencial: parecia antes uma discussão monologuenta num botequim vulgar ou numa tasca infecta em que, já tarde da noite, uma pessoa decente que por acaso ali foi parar com dois convidados se vê abordada por um pobre desgraçado, tombado sobre a mesa e zangado com a vida, e tem de estar ali a aturar o rezingão, sem lhe responder nem lhe dar as duas valentes bengaladas que merecia, conversando com os outros enquanto o táxi chamado não chega.

Mário Soares, numa atitude inqualificável, tem-se arrogado uma superioridade sócio-cultural sobre Cavaco Silva. Ficou hoje demonstrado (para quem não sabia) que foi Mário Soares quem não tomou chá em pequenino. Se eu tivesse algumas dúvidas, a diferença na linguagem dissipou-as por completo.

Simplesmente brilhante!
Anónimo disse…
Soares sem papas na língua, genuíno e sem as encenações do marketing cavaquista falou aos portugueses e relembrou a verdade que a direita mais bafienta e revanchista não gosta de ouvir:

(Cavaco) «Não tem competência, não tem temperamento, não tem conversa, não é um social-democrata, é um homem de direita, quer vender gato por lebre, não tem uma formação democrática precisa, não fala, está blindado, deu o poder a outro porque tinha medo de ser julgado e de perder, é um político intermitente, só gosta de panegíricos, só governa em tempo de vacas gordas, é um economista razoável, não é um suprassumo da economia, tem vergonha do partido dele, quando está com outras pessoas ou fala de economia ou cala-se, etc., etc., etc».

Soares continua jovem e em forma por isso Cavaco caiu.

Foi o princípio do fim do sonho presidencial para Cavaco.
Cavaco demonstrou que não tem o estofo político para ser um presidente a sério. Cavaco demonstrou ser "uma treta" e é por isso que os seus fiéis andam tão agastados a atacar o futuro presidente de todos os portugueses.

Nacib
Anónimo disse…
NACIB= (N)ós (A)creditamos em (C)avaco (I)nteligente em (B)elém
Anónimo disse…
Cavaco demonstrou todo o estofo que é necessário para ser Presidente da República:
- homem educado
- sabe ouvir os outros
- sabe respeitar os velhinhos, mesmo quando eles já não dizem coisa com coisa...
Cavaco, sim, vai ser um Presidente de que Portugal se orgulhará!
Anónimo disse…
Cavaco demonstrou mais uma vez não ter a bagagem necessária para ser Presidente da República:
Cavaco pensa que irá ser primeiro ministro quando já existe um primeiro ministro e uma maioria na assembleia. Cavaco é um homem sem visão de liderança e sem cultura humanista.
Apesar de afirmar que "sabe os dossiês" e tem ideias, o que transmite são meros e estafados lugares-comuns.
Cavaco representa um grupo de interesses que é no mínimo preocupante.
Não, definitivamente Cavaco não!
É por isso que Soares vai ser de novo o Presidente de todos os portugueses .


Nacib

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