Liberdade de expressão

A liberdade de expressão, pela palavra ou pela imagem, não pode estar condicionada a restrições nem deixar-se manietar pelo medo.

Após as manifestações de violência provocadas pela miséria, o atraso e a fé, elementos explosivos quando misturados, não faltaram piedosos censores de vários quadrantes, a invectivar os caricaturistas.

A liberdade não inclui «o direito de ferir os sentimentos religiosos dos outros» - foi a sentença de quem, se pudesse, restaurava a censura e impunha os seus valores.

No fundo, disseram que a liberdade ocupa um lugar subalterno em relação ao fanatismo, que o direito tem como limite a susceptibilidade beata e que não se podem beliscar as crenças.

Não se sabe o que pensa o toucinho de Maomé, sabendo-se o que este pensou daquele e sendo certo que nem um nem outro se encontram em condições de exprimir-se.

Os sentimentos religiosos são idênticos aos políticos, desportivos ou patrióticos. Quem define os limites do direito, estabelece a dimensão da ofensa ou mede o sofrimento?

O adepto cujo clube perdeu, um político cujo partido foi batido nas urnas ou um sérvio que se viu espoliado do Kosovo, talvez sintam uma dor imensa, mas não lhes assiste o direito de queimar viaturas, apedrejar embaixadas ou assassinar cidadãos.

Se não resistirmos à violência religiosa, em breve o adultério, o divórcio e, sobretudo, a blasfémia voltarão a estar sob a alçada do código penal, na melhor das hipóteses, ou, na pior, ao arbítrio de uma santa Inquisição.

Pior que o máximo excesso que resulte da liberdade de expressão é a mínima limitação que lhe possa ser imposta.

Comentários

Anónimo disse…
As violentas manifestações de desagrado aos cartoons dinamarqueses são totalmente condenáveis, mas não se pode deixar de reconhecer o direito á indignação, embora noutra escala, de quem sentiu as suas crenças serem, no minimo, espezinhadas. Não se trata de simplesmente caricaturar a figura de maomé, mas de colocar a sua imagem associada aos traços mais negros e por isso mais conhecidos do islão. A liberdade de uns termina onde começa a dos outros.
Anónimo disse…
a questão não é assim tão linear...e a liberdade dos outros quando começa?
o POVO Arabe não viu cartoon algum ,é carne para canhão de uns quantos malfeitores ,que é preciso liquidar para bem da Humanidade
Anónimo disse…
Há manifestações contra o Hamas e Bin Laden?

O terrorismo foi repudiado pelos mullahs e outros trogloditas da fé?

O que se condena, o terrorismo ou a liberdade?

Há valores irrenunciáveis ainda que nos custem a vida.
el s (pc) disse…
Respostas a Carlos Esperança:
«Há manifestações contra o Hamas e Bin Laden?»
Há, na Palestina elementos da Fatah e a sociedade moderada manifestou-se violentamente, pedindo a Abu Mazen que refundasse a Fatah por forma a tirar o Hamas do poder.
Quanto a Bin Laden, é de realçar a cooperação de Irão, Paquistão, Tadjiquistão, Uzebequistão, etc. países árabes no apoio à guerra aos talibans e na condenação dos atentados por toda a comunidade islâmica americana e Europeia, mas tb pela esmagadora maioria árabe.

«O terrorismo foi repudiado pelos mullahs e outros trogloditas da fé?»
Desde logo chamar trogloditas da fé é insultar os outros, pq a sua fé na não existència de Deus é tão questionável como qq outra.
O terrorismo é repudiado pela esmagadora maioria dos muçulmanos.
O seu comentário era idèntico a dizer que todos os bascos apoiavam as acções terroristas da ETA, ou todos os Irlandeses católicos apoiavam as acções terroristas do IRA. Em ambos os casos não é verdade e neste caso tb não, a esmagadora maioria não apoia o terrorismo (e a Europa não apoia quem nos países árabes se bate pela democracia mas antes financia ditadores).

«O que se condena, o terrorismo ou a liberdade?»
Condena-se o terrorismo e não a liberdade, mas não se deverá condenar tb toda a propaganda de inicitamento ao ódio? é preciso dizer que em Portugal os partidos de ideologia fascista são proibidos logo existe aqui um corte na liberdade, porque é que não vive na máxima de Voltaire e bate-se pela legalização desses partidos? Se calhar porque não acha isso liberdade...


«Há valores irrenunciáveis ainda que nos custem a vida.»
Palavras bonitas, mas ainda não vi actos, logo... ...pq não vai fazer voluntariado para um país do terceiro mundo e bater-se pela democracia lá, uma vez que há valores irrenunciáveis...


Neste momento era melhor reflectirmos sobre isto:
«..., em memória de todos os que morreram em operações de limpeza étnica (na Alemanha Nazi, no Kosovo, no Ruanda,...) peço que pensem 1 minuto o que poderão fazer para que novos genocídios não voltem a acontecer no mundo.»
in
http://blogdelsniper.blogspot.com/2006/01/sei-que-no-em-portugal-porque-no.html

PS: Continuo à espera das centenas de citações do Alcorão... ...sabe
aquelas que diz que existem...
Carim disse…
Excelente escolha a da imagem do quadro de Delacroix "a liberdade guiando o povo"... é a imagem que tenho na caixa do título do meu blog "O Quarto Poder"

Um abraço
cãorafeiro disse…
el sniper, a fatah não é moderada, e foi a fatah quem liderou a invasão das instalações da UE.
como o hamas ganhou as eleições, eles optam por se estender para o lado do radicalismo islamico para recuperar popularidade.

no líbano, muitas pessoas que se manifestavam pacificamente contra os cartonns foram surpreendidas pela violência e só então compreenderam que tinham sido usadas para fazer número, pelos seus próprios inimigos, aqueles a quema paz no país não interessa (ligados à síria e ao irão)

depois de destruirem a embaixada, ainda vandalisaram vários edifícios no bairro cristão. como se os cristãoes libaneses tivessem elguma coisa a ver...
cãorafeiro disse…
carlos, mais uma vez gabo o teu bom gosto na escolha das pinturas, eu adoro delacroix
Anónimo disse…
el_sniper:

Os livros sagrados são demasiado esotéricos para que não me seja estimulante a leitura.

No entanto, embora com a sua capacidade de argumentação me venha dizer que não dizem o que dizem, aqui lhe deixo algumas citações, copiadas penosamente:

Alcorão

Europa – América

Cap. II

Os judeus de Medina

181. Deus ouviu as palavras dos que disseram: «Deus é pobre e nós somos ricos». Tomaremos nota do que disseram e do assassínio, injustificado, dos profetas. E dir-lhes-emos: «Saboreai o castigo do fogo».

Cap. IV

Os judeus

56. Realmente, aos que não crêem nas nossas palavras queimá-los-emos no fogo para que experimentem o ardor do fogo, tomem consciência da sua má conduta. Deus é poderoso e sábio.

Sobre o homicídio

92. Não é próprio de um crente matar a outro crente, a não ser por erro. (...)

Os judeus de Medina

150. a 159. Anti-semitismo puro e duro.

Cap. V

Cristão e judeus

14. a 19.

Os judeus de Medina

20.

Desde a lei de Talião (Cap. II) ao matrimónio 223. As mulheres são vossa pertença. Desfrutai-as como quiserdes, mas fazei-o com cuidado.

O Corão é um repositório de iniquidade, violência e crueldade.

Não é por acaso que Bin Laden, Ayatollah Khomeini e o mullá Mohamed Omar são dos mais amados líderes islâmicos.
Prefiro ler »A raiva e o Orgulho» de Oriana Fallaci
Anónimo disse…
Capitulos?

Bem ,admitindo que as Suratas são os capítulos.

4.56 Quanto àqueles que negam os Nossos versículos, introduzi-los-emos no fogo infernal. Cada vez que a sua pele se tiver queimado, trocá-la-emos por outra, para que experimentem mais e mais o suplício. Sabei que Deus é Poderoso, Prudentíssimo.

Realmente, queimamo-los, mas...

ínicio da Surata....
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. (portanto é Deus que comunica..., o nós ou é o plural majestático, nós como eu, ou é Deus e o seu profeta, não os muçulmanos)

Assim Suratas 4.54 a 4.57

54. Ou invejam seus semelhantes por causa do que Deus lhes concedeu de Sua graça? Já tínhamos concedido à família de Abraão o Livro, a sabedoria, além de lhe proporcionarmos um poderoso reino).
55.Entre eles, há os que nele acreditaram, bem como os que repudiaram. E o inferno é suficiente como Tártaro.
56.Quanto àqueles que negam os Nossos versículos, introduzi-los-emos no fogo infernal. Cada vez que a sua pele se tiver queimado, trocá-la-emos por outra, para que experimentem mais e mais o suplício. Sabei que Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
57. Quanto aos fiéis, que praticam o bem, introduzi-lo-emos em jardins, abaixo dos quais correm rios, onde morarão eternamente, onde terão esposas imaculadas, e os faremos desfrutar de uma densa sombra.

A passagem é uma contraposição entre o inferno e o castigo e o paraíso, não é um incentivo a q os muçulmanos matem.

A 2.181 não encontrei como diz,
2.181 E aqueles que o alterarem, depois de o haverem ouvido, estarão cometendo (grave) delito. Sabeis que Deus é Onipotente, Sapientíssimo.


a fonte aqui é:
http://www.islam.com.br/quoran/traducao/s04_an_nissa.htm

Quanto à intrepretação o Carlos não é diferente dos mullahs que incentivam o ódio, usam algumas palvras descontextualizadas do corão para dizer que é o livro que atiça o ódio... ...querendo que nós odiemos os islâmicos.

el__sniper
Anónimo disse…
el_sniper:

Não desvirtue. Eu não odeio ninguém. Não combato sequer os muçulmanos, combato o islão que é uma cópia do cristianismo sem contaminação da cultura helénica nem do direito romano. Infelizmente.

Nota: Não escrevi «Surata»para respeitar as Publicações Europa-América com introdução e notas do Dr. Suleiman Valy Mamede.

É interessante que a sua benevolente exegese do Corão não seja partilhada pelos líderes islâmicos.

Aceitar uma teocracia é pactuar com a discriminação da mulher e com a forma mais cruel e anacrónica de ditadura. (Não digo que seja o seu caso).
Anónimo disse…
el_sniper:

Deixo-lhe aqui um editorial de um jornal espanhol que espelha a minha opinião:

Opinión

EDITORIAL
La opinión del diario se expresa sólo en los editoriales. Los articulistas exponen posturas personales

Mahoma y la libertad

• Son los tribunales y no las violencias, chantajes o boicots, los que deben hacer justicia en los conflictos

La irritación musulmana por la publicación de unas caricaturas ofensivas de Mahoma --ayer fueron incendiadas cuatro embajadas-- se ha convertido en un problema mundial. Numerosos gobiernos occidentales han tenido que intervenir para calmar los ánimos. La mayoría de sus declaraciones abogan por compatibilizar un derecho irrenunciable para las sociedades democráticas, como es la libertad de expresión, con el respeto a todas las creencias religiosas.
Este respeto no tiene por qué incluir, como ha proclamado el Gobierno danés, ninguna petición de perdón. EL PERIÓDICO reprodujo el miércoles pasado parte de la página del diario danés que originó la polémica con el único interés de informar a sus lectores sobre el motivo del conflicto, con respeto, sin ningún ánimo ofensivo y sin que se sienta ahora obligado a rectificar o pedir perdón.
Las caricaturas pueden molestar a los musulmanes, que tienen derecho a denunciar judicialmente a sus autores. Cualquier otra cosa es una desmesura que ilustra sobre su dificultad de entender nuestros valores. Ni Dinamarca ni los productos daneses deben pagar las consecuencias de la decisión de un periódico danés. Ya no es tiempo de cruzadas.


Noticia publicada en la página 6 de la edición de 5/2/2006 de El Periódico - edición impresa. Para ver la página completa, descargue el archivo en formato PDF
el s (pc) disse…
"Não combato sequer os muçulmanos, combato o islão ..."
Parece-me bem, está no seu direito de liberdade de expressão.

Quanto às suratas e capítulos, tudo bem... ...era só pq como as fontes dão nomes diferentes, era só para acertar que seriam a mesma.

Já agora a 2.56 e 2.57 da fonte em Inglês.
4.56] (As for) those who disbelieve in Our communications, We shall make them enter fire; so oft as their skins are thoroughly burned, We will change them for other skins, that they may taste the chastisement; surely Allah is Mighty, Wise.
[4.57] And (as for) those who believe and do good deeds, We will make them enter gardens beneath which rivers flow, to abide in them for ever; they shall have therein pure mates, and We shall make them enter a dense shade.

Aqui não se refere fogo como infernal mas o uso de letra maiúscula no meio das frases, mostra que o We se refere a Allah, não a nós muçulmanos... ...aliás mudar a pele para queimar outra vez está para além da ciência médica da altura (e de agora), portanto só pode ser Deus a fazê-lo.

Quanto à 2.181 não a encontro como a escreveu, seguramente enganou-se a transcrever os números, contudo as passagens em volta da 2.180 estão explicadas num post anterior (nomeadamente a 2.191).

As passagens
4.150 a 4.159 referem-se aos judeus, ao facto de terem morto Jesus, mas....
Nisso não são diferentes da bíblia eda Igreja Católica Romana. Mas dizem, como de resto qq livro religioso, quem não acredita em nós e não segue os nossos preceitos irá direitinho para o Inferno (Islão, Judaísmo, Cristanismo, Hinduismo, etc. dizem todas os mesmos umas das outras - não achei, para livro religioso, as passagens demasiado violentas -).
Quanto ao mas... de facto o Alcorão os absolve desse crime:
[4.157] And their saying: Surely we have killed the Messiah, Isa son of Marium, the apostle of Allah; and they did not kill him nor did they crucify him, but it appeared to them so (like Isa) and most surely those who differ therein are only in a doubt about it; they have no knowledge respecting it, but only follow a conjecture, and they killed him not for sure.
ou em português:
4.157 - E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram(315), senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram.
e a nota 315:
O final da vida de Jesus na terra está tão envolto em mistério quanto a sua natividade e, ainda, como de fato, está também o período da maior parte da sua vida particular, com exceção dos três principais anos do seu sacerdócio. Não será em nada proveitoso discutirmos sobre as muitas dúvidas e conjecturas existentes entre as primitivas seitas cristãs e entre os teólogos muçulmanos. As igrejas cristãs ortodoxas têm como ponto cardeal da sua doutrina que a vida de Jesus chegou ao seu termo na cruz, que ele morreu e foi sepultado, que no terceiro dia ressuscitou corporeamente, com seus ferimentos curados, caminhou e conversou, e comeu com seus discípulos, e que depois foi levado fisicamente para o céu. Esta explicação é necessária para a doutrina teológica do sacrifício e da expiação vicária dos pecados, mas é rejeitada pelo Islam. Contudo, algumas das primeiríssimas seitas cristãs não acreditavam que Cristo tivesse sido morto na cruz. Os basilídios acreditavam que um outro indivíduo lhe serviu de substituto. O Evangelho de Barnabé sustenta a teoria da substituição na cruz. O ensinamento alcorânico diz que Cristo não foi crucificado nem morto pelos judeus, não obstante existissem certas circunstâncias aparentes que produziram a ilusão nas mentes de alguns dos seus inimigos; que as disposições, as dúvidas e conjecturas sobre tais assuntos são vãs; e que ele foi elevado até Deus .

5.14 à 5.19 vem apenas dizer que quem acredita que Jesus é Deus não está a seguir os ensinamentos que Deus transmitiu através de Jesus mas q os deturpou , logo (evidentemente) inferno. Não diz mata, esfola, ... diz que esses (q não seguem os ensinamentos de Deus) serão castigados por Deus (como em qq religião).

2.178 Ó fiéis, está-vos preceituado o talião para o homicídio: livre por livre, escravo por escravo, mulher por mulher. Mas, se o irmão do morto perdoar o assassino, devereis indenizá-lo espontânea e voluntariamente. Isso é uma mitigação e misericórdia de vosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrerá um doloroso castigo.
2.179 Tendes, no talião, a segurança da vida, ó sensatos, para que vos refreeis

Não é mais de que afirmar que a pena de morte para o homícidio é aceitável (eu não penso assim), e ela foi aceitável na maior parte dos países até ao início do séc.XX (já para não falar da Rev. Francesa onde se morria por menos) que dizer de algo que foi escrito no séc VII. Mais, se houver perdão por parte do ofendido, não poderá haver vingança subsequente.

2.187 Está-vos permitido, nas noites de jejum, acercar-vos de vossas mulheres, porque elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.
(Equidade não, ambos são a 'vestimenta' um do outro).

Já agora a 2.190:
Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores.
(auto defesa... ...e é um dos dois do post anterior)

Quanto à situação da mulher, é óbvio que o Corão (assim como o Cristianismo e outras religiões, e mesmo para não crentes durante séculos e séculos) traduz o sentimento de superioridade do homem sobre a mulher. Quanto têm elas ainda hoje de lutar para ter oportunidades iguais às do homem, mas para um livro daquela altura:
2.231 Quando vos divorciardes das mulheres, ao terem elas cumprido o seu período prefixado, tomai-as de volta eqüitativamente, ou liberta-as eqüitativamente. Não as tomeis de volta com o intuito de injuriá-las injustamente, porque quem tal fizer condenar-se-á.

(condena a violência doméstica,...)

2.233 As mães (divorciadas) amamentarão os seus filhos durante dois anos inteiros, aos quais desejarem completar a lactação, devendo o pai mantê-las e vesti-las eqüitativamente. Ninguém é obrigado a fazer mais do que está ao seu alcance. Nenhuma mãe será prejudicada por causa do seu filho, nem tampouco o pai, pelo seu. O herdeiro do pai tem as mesmas obrigações; porém, se ambos, de comum acordo e consulta mútua, desejarem a desmama antes do prazo estabelecido, não serão recriminados. Se preferirdes tomar uma ama para os vossos filhos, não sereis recriminados, sempre que pagueis, estritamente, o que tiverdes prometido. Temei a Deus e sabe que Ele vê tudo quanto fazeis.

(Divórcio sim , a criança fica com a mãe e o pai tem - dentro das suas possibilidades - deveres equitativos nos gastos com a criança).

2.241 Proporcionar o necessário às divorciadas (para sua manutenção)é um dever dos tementes

(sem palavras... ...ainda hoje na sociedade portuguesa muitos homens após se divorciarem não ajudam na educação dos filhos quanto mais as mães...)

Quanto ao desconhecimento do mundo romano e helénico - o Islão nasceu na Arábia e foi usado como libertador face ao Império de Bizâncio (Roma Oriental). Tal como os bárbaros que invadiram a Roma Ocidental , acabaram por tb eles por serem aculturados pela cultura romana e helénica. De facto enquanto nós estávamos na Idade Média florescia no mundo árabe uma das civilizações mais avançadas da época, desde a lei, à ciência e à literatura. Enfim... ... ... ...

Além de que:
1 - a cultura romana e helénica não é superior a outras: as comunidades asiáticas não as conheceram, serão bárbaras por isso.
2 - E nessas culturas a mulher era quase um propriedade do homem.

Temos o dever de separar os fanáticos do Islão em geral. O Uso do Corão descontextualizado por parte destes é responsável pela onda de violência que vemos naquele mundo. Contudo o uso das mesmas frases descontextualizadas do outro lado, considerando que todo o muçulmano é fanático pq a religião o é, leva a que nós em vez de tentarmos ajudar a erradicar os fanáticos matemos todos, fanáticos e não fanáticos. Como consequência o fanatismo só pode aumentar, dos dois lados... ...o deles é neste momento mais violento, espero que quem o é deste lado não se torne tb violento.

Dou por encerrado o assunto, quem quiser escolher um lado escolha (tal com Bush pediu), eu por mim não faço escolhas (e tal como Bush disse e se calhar muitos de vós o pensam, se não é por nós é contra).


PS: Para que conste, sou agnóstico teístico. Mas nada me move contra ou a favor de nenhuma religão, tenha ela Deus ou não.
Sou apenas contra a raiz de todos os males: a intolerância - não que eu não o seja, mas enfim... ...pecados próprios.

Bibliografia:
As fontes são as dos posts anteriores.

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