O primeiro encontro Cavaco-Sócrates

(Foto do Diário de Notícias)

«Em Cavaco Silva nenhuma imagem pública é deixada ao acaso» – diz Ana Sá Lopes no Diário de Notícias, hoje.

Ao primeiro-ministro calhou apenas a beira do tapete. Será uma metáfora de quem pretende puxar-lho?

Comentários

Anónimo disse…
Será assim ou é uma metáfora de Sócrates a sair de cena, como vai, por certo, acontecer daqui a três anos para gáudio de Cavaco e do PSD que, ainda por cima, vão encontrar todo o "trabalho sujo" feito, de graça, por um governo "socialista"?
Anónimo disse…
Tenho por hábito assinar tudo o que escrevo mas, por descuido, o comentário anterior, que é meu, não traz o meu nome. As minhas desculpas ao Carlos
Anónimo disse…
Vai mas é para o caralho
Anónimo disse…
A boçalidade soez do comentário anterior e a apropriação indevida do meu nome só pode ser obra de um fascista.

O meu velho amigo Aristides conhece-me bem e sabe que só um pulha podia produzir semelhante comentário.

Os fascistas são assim. Andam entusiasmados.

O comentário, que devia ser apagado, fica aí para mostrar a indignidade do anónimo que, ao apropriar-se do meu nome, se candidata a vulgar ladrão dos fundos do Estado ou da carteira de um desprevenido cidadão.
Anónimo disse…
Deixo aqui a voz insuspeita de quem foi membro de um Governo de Cavaco Silva:


Isto começa mal
Vasco Pulido Valente

Odr. Cavaco nunca passou, ou se apresentou, como um homem típico da direita. Quando chegou a primeiro-ministro, até se disse o único representante português da "esquerda moderna" e durante todo o mandato governou invariavelmente como um "social-democrata" de modelo "europeu", que à superfície parece continuar a ser. Foi, por isso, uma surpresa a espécie de gente que insistiu em levar para Belém. As nomeações para o Conselho de Estado, por exemplo, revelam uma estranha de hostilidade ao Parlamento. Não em si mesmas, claro. Mas porque deixam o PC e o BE sem um único representante, o CDS representado por um homem sem uma verdadeira ligação ao partido e o próprio PSD "real", que ficou só com Marques Mendes (de resto eleito pela Assembleia da República) e com o ambíguo Loureiro, um pouco pendurado. Este Conselho de Estado proclama o "esplêndido isolamento" do dr. Cavaco: a sua orgulhosa auto-suficiência.

A escolha de assessores também não tranquiliza. O assessor para Assuntos Políticos e grande nome da revista Atlântica, António Araújo, o consultor para Assuntos Políticos, o notório dr. Espada, e a consultora para a Ética e Ciências da Vida, uma açoriana, podiam perfeitamente ter saído ontem de uma caverna qualquer do Bible Belt, a berrar por Bush. Será que o dr. Cavaco, que sempre julgámos relativamente equilibrado, quer de facto embarcar numa cruzada moral contra o aborto, a pílula, o divórcio, a homossexualidade, a pornografia e o resto dos crimes sem perdão em que o "niilismo" moderno nos "poluiu"? Se quer, precisa de músculo: e tem muito músculo no dr. Carlos Blanco de Morais, da "nova direita" e da revista Futuro Presente, conhecido apologista da "maneira forte", que da imigração à nacionalidade já mostrou o seu apego à "ordem". Para acabar o quadro, há ainda o contingente "liberal". O inevitável dr. Espada, claro, papagaio por excelência do ultraconservadorismo americano; o prof. Justino, que acha o levantamento do sigilo bancário um acto de "fascismo fiscal" (fascismo? a sério?); e o dr. Borges de Assunção, consultor económico e organizador do Compromisso Portugal (esse benemérito grupo), que vem com a velha receita de "emagrecer" o Estado e reduzir impostos.

Se o dr. Cavaco resolver um dia ouvir este raminho de cabeças pensantes, põe em pé de guerra ou simplesmente em guerra a esquerda e a república. E, se puser, não se deve iludir, com certeza que perde. Isto começa mal.
Anónimo disse…
Olha-se para este anfitrião a fazer de estadista
ao cantinho da sala
a deixar as visitas fora do tapete
de tacões a tropeçar na ourela
a fazer de estadista à volta duma mesa que só pode ser herança duma tia que morreu solteirona
e que mal se tem em pé ao peso duns papéis
onde está explicada a colaboração estratégica toda
olha-se para o quadro
e sente-se claramente
que era este o golpe de asa que faltava.
Anónimo disse…
A encenação é grosseira, naturalista e só impressiona os
incautos.
Esses já votaram nele em Janeiro.
Portanto, nada de novo na frente ocidental.
Anónimo disse…
O preocupante não é o que a imagem sugere. É o que está por detrás.
O "suprapartidário" PR nas nomeações para a sua envolvência política em Belém, mostrou a verdadeira face que andou a esconder durante tanto tempo.
Após a derrota no confronto com J. Sampaio em 1996, partiu para tratar da "carreira" académica. Hoje, sabemos o que andou a fazer.
Hoje, sabemos também o que era uma candidatura "suprapartidária".
O PS que se cuide.
Sócrates, esse timorato governante, continua a acreditar na cohabitação, ... à beira do abismo.
Anónimo disse…
Andaram a brincar às presidenciais, agora queixem-se...

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