A Madeira é Portugal






















Alberto João Jardim não é uma besta – como ele próprio reconhece –, nem um solípede, apesar das frequentes ameaças de dar coices, e, muito menos, um energúmeno que possa ser considerado inimputável.

O presidente vitalício da Madeira é apenas um inadaptado à democracia, o incontinente verbal que desrespeita os órgãos da soberania e ofende os seus titulares, habituado à impunidade e à extravagância.

No artigo da ilustre jornalista Lília Bernardes, a cuja coragem, isenção e lucidez devem os leitores do Diário de Notícias o conhecimento dos desmandos autóctones, lê-se hoje (site indisponível) que o mandarim local afirma, a propósito da lei que trava negócios dos deputados madeirenses:

«Podem aprovar lá [Assembleia da República] o que quiserem. (...). Trata-se da rafeirada em que se está tornando o país».

A moralização e a proibição da promiscuidade entre negócios públicos e privados dos deputados da Região, à semelhança do que se passa na Assembleia da República, não passa de uma «rafeirada» na exótica opinião do líder autóctone.

«No Continente, os deputados não podem deter empresas com negócios com o Estado. Na Madeira podem» - informa a jornalista Lília Bernardes.

Comentários

Anónimo disse…
Estas situações proliferam de modo encapotado em todo o País.
São de louvar as tentativas de tornar transparentes o exercício de funções públicas, com capacidade decisória, onde são evidentes conflitos de interesses.
É um dos aspectos da ética republicana.
Na Madeira, transparentes são as cristalinas águas do Atlantico que a rodeiam.
Quanto ao resto, convem manter aparentemente fora do negócio o Presidente do Gov. Regional. Já conhecemos o "esquema" desde a ditadura salazarista, onde o beirão se mantinha aos olhos da população impoluto e, p. exº., o truculento deputado Casal Ribeiro engordava com variados negócios (bacalhau, p.exº.).
Jaime Ramos, também truculento deputado regional, não pode ficar circunscrito aos negócios de sifões sanitários onde foi "achado" em 25 de Abril.
Necessitava de engordar. Hoje é um dos homens mais ricos da Madeira.
Pergunto (na lógica do PSD-Madeira):
Pedir para matar a galinha dos ovos de ouro?
- Só se fossem rafeiros (na asserção de AJJ)!

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