Pensionistas e parasitas

O Diário de Notícias, de ontem, referia 32.320 pensionistas que continuavam a trabalhar e 7% reformados por invalidez (ano de 2005).

Portugal é talvez o País onde maior número de inválidos exerce funções exigentes. Mais de 2 mil estropiados asseguram funções de responsabilidade.

Um juiz aposentado por problemas psiquiátricos (com pensão integral, graças ao estatuto especial) desempenhou funções de director da PSP no Governo de Santana Lopes.

Não fora a corajosa medida de Sócrates a limitar a um terço uma das remunerações e 32 mil pensionistas receberiam vencimentos em duplicado. Mesmo assim é eticamente discutível a acumulação.

O oportunismo de quem deve dar exemplo colide com os princípios da ética republicana.

Vários autarcas aposentaram-se na véspera das últimas eleições antes de ganharem novo mandato. Muitos arredondam os vencimentos da função como membros de Conselhos de Administração de Empresas Públicas municipais – empresas tantas vezes criadas para benefício próprio e dos amigos e correligionários.

À semelhança do que acontece com os devedores ao fisco, e pelos mesmos motivos, é justo que todos os titulares dos órgãos de soberania, autarcas e membros de empresas públicas vejam publicitadas as acumulações de que gozam.

Mais saudável do que as perseguições individuais movidas por interesses partidários é a divulgação exaustiva de todos os casos que podem influenciar o voto dos eleitores sabida a dificuldade jurídica de pôr termo ao regabofe.

Quem se lembra ainda da aposentação de Alberto João Jardim, requerida pelo próprio aos cinquenta e tal anos, como professor do ensino secundário? Só se recorda a aposentação «compulsiva» de Manuel Alegre… aos 70 anos.

Comentários

Anónimo disse…
Sucessivos governos de políticos incompetentes, castrados pelos receios das sondagens, deixaram acumular a tralha que aí anda, e que está na massa do sangue das 'elites'nacionais.
Talvez... este governo... finalmente... se não perder o norte...
Anónimo disse…
Atenção, não coloque tudo no mesmo saco.
Quem se aposente por limite de idade e recebe a sua reforma depois de uma carreira de descontos completa não deve ser prejudicado por querer continuar a trabalhar.
Diferente são os casos de quem recebe reformas antecipadas. Se o faz é pq não tem condições (invalidez ou outra) para trabalhar e nesse caso, mesmo receber 1/3 da reforma é, na minha opinão 1/3 a mais.

el s
Anónimo disse…
Eis o Esperança no seu desporto preferido: atirar merda contra o ventilador!
Anónimo disse…
O comentário do RdP,
está de acordo com
a respectiva identidade.
Anónimo disse…
A VERDADE AS VEZES CUSTA MAS ALGUEM TEM QUE DIZE~LA.
eLA HOJE SÓ ASSUSTA QUEM A QUER PREZA NA TRELA.....NÉ RATAZANA?
Anónimo disse…
e a invalidez que da para continuar a trabalhar mesmo em varios lados mas que permite diminuir ou isentar de I.R.S.????
Anónimo disse…
Cheguei a convencer-me que Sua Eminência tinha desertado. No estado em que o mundo está... só mesmo no paraíso!

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