A morte ou a presidência


Saddam ou é morto ou volta à presidência, diz advogado

O antigo presidente do Iraque Saddam Hussein será condenado à morte ou regressará à presidência do país, afirmou hoje uma advogada da sua equipa de defesa, a alguns dias do veredicto judiciário.

Nota: Será morto. Bush só acerta depois de esgotar os erros.

Comentários

Anónimo disse…
Não julga quem quer, mas quem pode...

Estou, como é óbvio, a referir-me, em primeiro lugar, a Direitos Humanos e, subsidiariamente, ao Presid. G. Bush.

Saddam foi um ditador cruel e sanguinário.
É responsável (não preciso de Tribunais para o inferir) por horrendos crimes contra o seu povo, contra a etnia curda e contra iranianos (guerra Irão-Iraque). Nestes últimos, actuou com a pública e comprovada cumplicidade dos EUA.
Daí, nascem as "dificuldades" de G. W. Bush neste julgamento.

Não defendo a pena de morte, em qualquer circunstância. Para Saddam, se me for permitido pronunciar sobre um processo em curso, penso que uma pena de prisão longa e a total inibição de direitos políticos, seria o desfecho judicial que aprovaria.

A América - e particularmente Bush - convivem bem com a pena de morte.
A execução de Saddam por ordem judicial pode - como a sua advogada prevê - criar (ou agravar) "problemas" políticos.
Todavia, a "cultura judicial e criminal" de Bush, onde as execuções são aceites como "fatalidades" processuais, pode abrir caminho para mais um "erro" no Iraque.
O acumular de erros conduz, inevitavelmente, aos desastres.
O julgamento que decorre não tem sido prestigiante, nem ao menos, pedagógico.

Melhor seria que estivesse a ser julgado, em Haia, pelo Tribunal Penal Internacional. Donde a América foge como o diabo da cruz...
Anónimo disse…
ó Esperança !!!! Estás dormir ou já ficaste senil de vez????

Dado que és um "homem" informado e gostas de informar com isenção e honestidade (ahahahaha), então anda lá... conta para sabermos, como ficaram as eleições na Catalunha????? estranho o teu silêncio...
(Mas aposto que sei qual será a tua atitude)
Anónimo disse…
e-pá:

Espero que não fique a mais leve suspeita sobre a minha condenação de Saddam.

Uma nota de humor, talvez infeliz, pode levar quem não acompanhe as minhas posições, a julgar-me um simpatizante do violento ditador iraquiano.

O que não aceito é uma justiça num país ocupado. Isso é circo de mau gosto.
Anónimo disse…
Hipócrita... falso
Anónimo disse…
CE:

"Espero que não fique a mais leve suspeita sobre a minha condenação de Saddam."
De modo algum!

Quando comento "Não julga quem quer, mas quem pode..." estou a referir-me, concretamente, aos EUA.

Na verdade, os EUA ao julgar Saddam, de certo modo, tentam à posteriori justificar a invasão do Iraque, já que, os argumentos invocados (as famosas "provas" mostradas a Blair, Aznar e Barroso) eram pouco mais do que amontoado de grosseiras manipulações e, outros, como se veio a verificar escandalosas mentiras.
O julgamento está, formalmente, a ser efectuado pela justiça iraquiana sob a oculta liderança e a, sempre vísivel, supervisão dos EUA.

Honestamente, temos de considerar que Saddam não devia estar a ser julgado no Iraque.
Este país vive, nos dias que correm uma situação de CAOS.
Situação muito pior do que uma guerra civil onde, pelo menos, há uma fronteira entre duas partes belingerantes.
No Iraque, nos dias de hoje, existem múltiplos grupos em guerras cruzadas entre si (religiosas, étnicas ou ambas) e, todos, contra a ocupação militar americana.
Portanto, não estão reunidas as condições mínimas para julgar, com a mínima isenção, Saddam.
Por outro lado, o julgamento que tem decorrido subsidiário dos maiores sobressaltos (assassínio e ameaças de advogados, renúncias e substituições inopinadas de juízes, etc.) é uma arma de 2 gumes, para os EUA.
Alguns, do extenso rol de crimes cometidos por Saddam, dizem respeito à guerra Irão-Iraque (1980-1990) onde os EUA são parte interessada e activos cúmplices. A "família" Bush, Rumsfeld, a CIA, etc, consideravam Saddam um seu amigo de peito. Chamavam-lhe um "aliado".
Nessa altura, a prioridade das prioridades era molestar e desestabilizar o Irão, então, considerado o inimigo nº. 1 da América.
Encabeçava o tal "eixo do Mal".
Os EUA são, portanto, cúmplices do muito de terrível que se passou neste conflito. Entre esse "muito" está o conhecimento (e, portanto, a cumplicidade) do uso de armas químicas, de execuções sumárias, etc.
Os EUA ao compartilharem estas responsabilidades não têm condições para, ao mesmo tempo, serem responsáveis pelo julgamento de Saddam. Jogadores e árbitro ao mesmo tempo, não!

Por isso disse:"Não julga quem quer, mas quem pode..."

Assim, os EUA ao quererem julgá-lo - não podem...
Falta-lhes a dimensão ética e a autoridade moral. São, ao contrário do que pretendem parecer, cúmplices de alguns crimes. Incómoda situação!

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