O Bailinho da Madeira

Sob o título «O Bailnho da Madeira», Luís Grave Rodrigues publicou no seu blog «Random Precision» um interessante post, como é habitual, de que transcrevo uma parte.

Aqui fica a transcrição:

Para quem tiver pachorra, aqui fica o LINK.

Para quem não tiver, então deixo aqui respigadas, absolutamente ao acaso, claro está, algumas das verbas da despesa deste orçamento para o ano de 2006.

Então aqui vai:

- Festival de poesia do Porto Santo: € 301.338,00

- Restauração de órgãos de igrejas: € 1.534.694,00

- Campanha de imagem: € 9.838.173,00

- Material promocional: € 4.937.262,00

- Festa do fim do ano: € 64.720.184,00

- Promoção de provas automobilísticas: € 4.254.725,00

- Promoção do golfe: € 4.893,008,00

- Subsídios aos clubes de futebol «Marítimo» e «Nacional»: € 21.358.448,00

- Ajudas para as deslocações dos clubes de futebol «Marítimo» e «Nacional»: € 10.157.800,00

- Participação no capital das S.A.D.’s dos clubes de futebol «Marítimo» e «Nacional»: € 87.500,00

- Apoios a outros clubes de futebol: € 21.060.936,00

Total destas pequenas e singelas 11 rubricas: € 143.144.068,00.


Por coincidência, um valor próximo do tal aumento do endividamento líquido da Região Autónoma.

Mas é só coincidência, claro!

Não há dúvida: Alberto João Jardim tem muita razão para estar chateado!Mandem mais dinheiro para a Madeira!

- JÁ!!!!

Comentários

Anónimo disse…
só realmente fala quem não conhece os sumptuosos gastos em que o investimento per capita ultrapassa em larga escala qualquer região do continente,e se é certo que durante algum tempo tal devia acontecer dado o abandono a que esta região foi botada tal não se verifica agora pelo que está na hora de pedir aos nossos compatriotas que colaboram com o todo nacional.
é que para o bem e para o mal somos portugueses.
Anónimo disse…
É uma vergonha, enquanto os continentais apertam o cinto, até não poder mais, o governo regional madeirense, esbanja os dinheiros públicos...é por aqui, que este governo tem de ir, acabar com as benesses ao AJJ e caír em cima dos madeirenses mamões...
Anónimo disse…
O sr. AJJ personifica na perfeição o tipo de política irresponsável e demagógica que vai levando o país ao desastre. A canalha miúda, claro, pagará isso com sofrimento e miséria, como vem fazendo há séculos.
Mas convém saber que há no país muitas dezenas de autarcas que fazem a mesma coisa, numa competição de realizações inúteis e faraónicas que fazem corar de inveja o paranóico rei de Mafra.
E o governo central, com as suas EXPOS, e os pacóvios estádios da bola, e as Otas, e outros desmandos, não lhe fica atrás.
Esta loucura portuga tem séculos. O único dado novo é que, desta vez, há liberdade, e o povo poderia escolher pelo menos o caminho que NÃO quer seguir.
Mas não senhor! Quanto mais obra inútil, quanto mais dinheiro gasto, melhor é o presidente. Porque pensa que o dinheiro é arrancado a Lisboa. Sem se dar conta que lhe sai dos bolsos já vazios.
Tudo isto é fado antigo!
Anónimo disse…
Agradeço ao CE estas pérolas informativas sobre o orçamento do soba da Madeira.
Se não houvesse por cá gente parecida e práticas iguais, e se o cafre não pertencesse a um partido que há décadas lhe dá cobertura, talvez a criatura já tivesse sido posta na ordem.
Mas no país não há força para isso, porque o povo acha bem e dá-lhe o apoio do voto.
Portugal é uma pescadinha de rabo na boca.
Anónimo disse…
São inquietantes confusões dos "tempos históricos"...

AJJ funciona como um mecenas (regional).
Tem, contudo, algumas pequenas (e subtis) diferenças em relação aos históricos mecenas.
Caio Mecenas (conselheiro de César Octaviano, Augustus) para além de ser um grande político, estadista, foi um grande patrono das letras. Um pormenor:era imensamente rico e fazia o mecenato à sua custa.
Mais tarde os Médici (Cosmo de Médici, p. exº.) tornaram-se numa família donde saíram os mais importantes mecenas da Humanidade. Estávamos, então, no Renascimento, surgia a burguesia e, com ela, uma assombroso momento de pujança econômica. A inspiração era a antiguidade grega e romana...
Outro pormenor: o dinheiro brotava a rodos...

e, por aí adiante...

Um erro de "timing", sr. AJJ.

Hoje, vivemos num mundo globalizado, na ressaca de um período económico recessivo e, em Portugal, assombrados e obcecados na luta pelo controlo do deficite orçamental.
AJJ, perante isto, resolveu fazer mecenato com dinheiros públicos... porque julga que a Madeira é um jardim (ou do Jardim). Enfim, um paraíso económico, uma excepção à crise.

É espantoso!:
1º. o descaramento
2º. a "púdica" indignação por, finalmente, ter sido posto no seu lugar.

Com o dinheiro dos "outros" qualquer um é um mecenas.
Mais fácil será para um político - dá votos!

Assim, o PSD/Madeira é a nova (moderna) família Médici (madeirense).

Os conflitos decorrentes dos tempos históricos são também outros.

Até aqui, estas atitudes de AJJ, deram-lhe votos e uma longevidade política impressionante.
Hoje, a atitude rectificativa e moralizadora do Governo de Sócrates, vai-lhe "dar" votos, cá.

Portanto, vamos ter "bailinho"...

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