Reacções à execução de Saddam

A execução de Saddam Hussein foi condenada pelos governos Europeus e pelo Vaticano e aplaudida pelos Estados Unidos. O presidente norte-americano, George W. Bush, acredita que a morte do ditador vai ajudar a construir a democracia no Iraque.

(...)

No terreno, confirmaram-se os receios do aumento da violência. Quatro explosões de carros armadilhados em duas zonas de maioria xiita fizeram 73 mortos.

Comentários

Anónimo disse…
Onde estava Pacheco Pereira em 75?
Se um homem se engana tantas vezes na leitura da História...
E o inefável Delgado? Que ainda clama compreensão para o Bush.
E o Barroso? EM 75? e O Durão em 2003?
Shame on you....
Anónimo disse…
O Bush faz lembrar aqueles tiranos autistas e obcecados.
O Mundo à volta já ruíu, o Iraque é uma bomba-relógio, e ele tem a lata de dizer que a morte de Saddam é um passo para a consolidação da Democracia.
O homem é louco.
Anónimo disse…
The oil rules.

Isso, e o facto de ter-se poder nas mãos.

Diogo.
Anónimo disse…
Louva-se a posição do Vaticano,aliás em coerência com a doutrina da Igreja Católica e com a sua posição sobre a invasão do Iraque:"Uma execução é sempre uma notícia trágica, motivo para tristeza, mesmo no caso de alguém que é culpado de crimes graves".
De idêntico sentido foi a reacção da UE frisando a sua oposição à pena de morte "mesmo que não haja dúvidas de que Saddam Hussein foi culpado de sérias violações dos direitos humanos. Felizmente que a responsabilidade da reacção foi da presidência da UE, no caso a Finlândia. Outra teria sido seguramente a posição se a iniciativa partisse do presidente da Comissão Europeia,que se esforça por fazer esquecer a sua cúmplicidade na criminosa invasão do Iraque e no genocídio em que esta se transformou.
Hipócrita, mais uma vez, foi a reação de Tonny Blair: "Somos contra a pena de morte. No entanto, o que me parece importante neste caso é que o julgamento de Saddam foi conduzido pelos próprios iraquianos". Tal como Pilatos, Tonny Blair procura lavar as mãos da sua responsabilidade nas centenas de milhares de mortos que já provocou a sua decisão de apoiar a invasão, querendo legitimar um julgamento que não passou de uma autêntica farsa.
Expressão do ódio e desejo de vingança pela derrota norte-americana no Iraque foi a reacção de George W Bush: a execeução de Saddam Hussein foi um "marco importante no caminho do Iraque para se trnsformar numa democracia que pode governar-se, manter-se e defender-se por si própria, e ser um aliado na guerra ao terrorismo".
Ao pretender transformar, perante a opinião pública norte-americana, a execução de Saddam numa vitória dos EUA, George Bush incorre num grande equívoco, como muito bem observa Mário Mesquita: "Prometeu aos norte-americanos, após o 11 de Setembro, o corpo, vivo ou morto, de Osama Bin Laden. Ofereceu-lhes, em troca, o cadáver de Saddam Hussein".
É evidente que a satisfação de George W Bush só tem uma explicação: Com a execução de Saddam Hussein impediu-se o prosseguimento do julgamento do genocídio curdo e o esclarecimento das responsabilidades norte-americanas nesse hediondo crime.

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