A Turquia e a União Europeia

A União Europeia não pode exigir à Turquia que a defenda do fundamentalismo islâmico e se mantenha à margem dos interesses e valores que protege.

Comentários

Anónimo disse…
Penso que a entrada da Turquia para a União Europeia vai ser para esta uma dor de cabeça...

Islamistas e católicos?!... no mesmo barco...

Manuel Brito/Porto
Anónimo disse…
Caro Manuel Brito:

Não se esqueça que a Europa está secularizada. A ausência de lutas religiosas deve-se, sobretudo, à reduzida importância das religiões no seu espaço.

No Islão, os clérigos temem a secularização. Só mantêm a fé com a violência que lhes conhecemos.

Tal como o catolicismo, na Idade Média, o Islão não tem agnósticos nem ateus.

P.S. Aprecio os seus comentários, mesmo quando discordo.
Anónimo disse…
A Turquia é um problema complicado para os membros da actual CE. Deve ser gerido com maturidade estratégica.
Em sede própria - CE e governo turco.
E seguramente fora do templo de Sta Sofia ou da mesquita azul, caminhos ínvios que os últimos acontecimentos - visita de Bento XVI - trouxeram para a ribalta.

Primeiro, surge a identidade geográfica já que, à excepção de Istambul, o País está fora da Europa.

Depois, a identidade cultural. Aqui joga o "factor mediterrânico" - a diversidade, altamente favorável à sua adesão à CE.

Finalmente, não atribuo relevância de maior à questão religiosa. Não vamos encontrar católicos e islâmicos (já agora judeus, ortodoxos...etc.) no mesmo barco. É, antes, uma Europa das nações, dos povos, secularizados, à procura de um destino comum e melhor.

A secularização, na Turquia, começou com Ataturk. Este era um militar.
Ainda hoje, a Europa percebe que a componente militar tem um peso excessivo na vida política turca.
É preciso limar, com prudência, esta aresta. Esta circunstância tem condicionado, p. exº., a resoluçaõ das questões em aberto com Chipre. Este obstáculo tem sido "explorado" pelo comissário europeu Olli Rehn, em nome da CE.

Outro problema, tem a ver com o previsto (na legislação turca) crime por "insultos à identidade turca", que como é obvio condiciona liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos. Foi à sombra desta legislação que Orhan Pamuk, prémio Nobel da Literatura foi parar ao tribunal. Denunciou o genocídio arménio. A França, p. exº., "agarrou-se" a esta questão.

E por aí adiante ...

Assim, sobre a "questão turca" existem, ainda, múltiplos dossiers em aberto.
A nossa obrigação como portugueses e europeus é segui-los com atenção.
Ao governo português compete manter os seus cidadãos informados, logo, capazes de opinar fundamentadamente - sem ressentimentos e sem preconceitos.
Vítor Ramalho disse…
e-pá!

Concordo com quase tudo o que disse.
No entanto no tocante á parte religiosa o problema não é tanto o convívio entre religiões, mas sim o fundamentalismo islâmico, que está vivo e bem vivo na Turquia.
Outro problema é a constante violação dos direitos humanos na Turquia.
Anónimo disse…
"Concordo com quase tudo o que disse."

Vitor Ramalho:

Obrigou-me a reler o texto duas vezes...
Fico-me pela mera coincidência.
Mano 69 disse…
(risos)

Ele há coincidências assassinas...
Anónimo disse…
Então...

Vamos celebrar
as coincidências.
Verdadeiras Deusas
disfarçadas
de cores, nomes, gostos
e momentos.

(poesia carioca)
Anónimo disse…
Claro, a Turquia não pode entrar na Comunidade Europeia, pelo simples facto de ser um país islâmico, com costumes muito diferentes dos nossos...onde as mulheres não são respeitadas, onde a pena de morte existe e onde a democracia é palavra vã.

A Europa teme a invasão dos turcos, seria seguramente o fim da macacada.

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