Espaço dos leitores

Pietá - Miguel Ângelo

Comentários

Anónimo disse…
O TEMA É FUTEBOL.

O FCPorto perdeu zero a um em Leiria, quanto a mim, apenas porque não soube concretizar as 4 ou 5 oportunidads que criou, da mesma maneira que também não soube concretizar o penalty (inventado pelo árbitro) assinalado contra o Atlético no último segundo do jogo depois de 5 minutos de prolongamento e igualmente não concretizou contra o Tourizense (1 a 1). O Quaresma deu uma sticada no tipo do Leiria e foi bem expulso, quanto a mim.

Reinaldo Teles e Jesualdo Ferreira pretendem investigação à arbitragem.

Sinceramente, olhos nos olhos, honradamente, digam-me, qual foi o crime praticado pela arbitragem?

Zézé
Anónimo disse…
FLEXISEGURANÇA a caminho…


É estranho como a blogosfera se tem mostrado alheia e distante de uma questão que ameaça afectar milhões de portugueses, nos próximos tempos - A FLEXISEGURANÇA.
A Lei n.º 99/2003, que aprovou o Código do Trabalho em vigor, também conhecida pela “LEI BAGÃO FÉLIX”, nasceu sob a paternidade do governo da coligação PSD/PP e ao sabor um coro de protestos e denúncias de toda a oposição (PS, PCP, BE) de então, perante um quadro de profundas divergências entre as duas centrais sindicais e, finalmente, pelo apoio condicionado (pretendiam ir mais além…) das associações patronais. A sua estratégia fundamental era destruir as convenções colectivas de trabalho. Não o conseguiu na totalidade tendo, no entanto, fragilizado o regime de negociação colectiva. Desta controversa legislação que foi enviada para o TC, foram consideradas inconstitucionais quatro normas.
Ao fim do 1º. ano de vigência, surtiam os primeiros efeitos deste código e, verificou-se que só tinham sido negociadas um terço das convenções em relação ao ano anterior (2003).
Bagão Félix é um frequentador, de longa data, do “Compromisso Portugal” cujo objectivo major é a liberalização dos despedimentos. Nesse enquadramento é confrontado pela ultraliberal associação com a defesa da precariedade do emprego como alavanca para a produtividade. Acha exagerada, receia que as ruas se incendeiem (…fala da possível “instabilidade social”) e adapta-se à drástica exigência do “Compromisso Portugal” defendendo o conceito de flexibilidade. Numa primeira análise trata-se de uma questão semântica.
Este problema ficou aparentemente adormecido. Voltou à ribalta no 7.º Congresso do Partido Socialista Europeu, realizado no Porto e que contou com as estrelas políticas da chamada “Europa Social”.
Poul Rasmussen, antigo primeiro-ministro dinamarquês, foi reeleito presidente do PSE. Significativa esta eleição. Este é, nem mais nem menos, o criador da FLEXISEGURANÇA. Falou sobre este “compromisso” mas teve a coragem de alertar: “Estudem mas não copiem. Vejam o Rasmussen I e não o Rasmussen II”. Interessante: O chamado “Rasmussen II” é, indubitavelmente um programa que privilegia a segurança em relação à flexibilização.
Poul Rasmussen, defende maiores facilidades de despedimento a par de maiores apoios sociais e preconiza um reforço de limites para o mercado, nos seguintes termos: “Tem de fazer parte das nossas agendas tentar controlar a nova ganância do capitalismo e temos de ter regulação de mercado, nacional e internacional, para que este não se sobreponha às pessoas”.
A FLEXISEGURANÇA é um modelo que está a ser adoptado na Dinamarca e na Holanda. A possibilidade de o expandir pela Europa Comunitária é um assunto da ordem do dia. Vai estar presente, como núcleo central de discussão das políticas sociais, na próxima presidência portuguesa da EU.
Rasmussen alertou; "Todos os países europeus deverão ter em conta este modelo e segui-lo não como uma cópia, mas como um roteiro",
O importante é ter em consideração que tem de haver "direitos e deveres para todos" e a ambição ao "emprego pleno. A Europa estará sempre a perder oportunidades se continuarem a existir 17 milhões de pessoas desempregadas.
Portugal, tem de começar a discutir a FLEXISEGURANÇA. A adaptação do modelo põe particulares questões no nosso País. Não ao nível da flexibilização tão do agrado dos empreendedores. O grande problema é a qualidade do nosso tecido empresarial, mais concretamente, o entendimento que uma empresa integra e têm responsabilidades na área social.
Outro enorme problema será não adulterar o espírito deste roteiro – combater o desemprego! . Este roteiro privilegia a segurança em relação à flexibilidade. A debilidade da nossa segurança social acrescida à baixa qualidade da protecção social existente, nomeadamente os valores da Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG) , vulgo, ordenado mínimo, é um obstáculo de monta. Até que ponto inviabilizará, ou tornará utópico, este roteiro?
Há muita matéria para começar a discutir…
Anónimo disse…
Espaço para a Arte, penso eu.
Gosto do quadro e acho que enobrece quem o fez.
Anónimo disse…
Manuel Norberto Baptista Forte:

É verdade! Mas a arte é quase sempre sugestiva e insinuante.
Como sabe a celebre estátua de Michelangelo significa, em português, "piedade".
É do que vamos precisar quando nos caír em cima a, importada, "flexisegurança"!
Se não começarmos a pensar com tempo, "nisso", pode-nos chegar muita "flexi" e pouca ou nenhuma "segurança".

E, resta-me confessar, não me apetecia alinhar no tema futebol...
Preferi lançar uma sugestão.
Anónimo disse…
Flexisegurança, grande treta...só serve o patronato.
Aqueles que se vão reformar, próximamente, teem de lutar pela equidade, é que há reformas muito altas, conseguidas com regras completamente alteradas... no futuro, as mesmas vão ser muito reduzidas...coisas do governo socialista.

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