É preciso topete

O aumento sucessivo do preço da água e os aumentos intoleráveis que se anunciam não serão devidos à substituição dos eficientes serviços municipalizados das Câmaras municipais pelas Empresas Públicas Municipais de Águas, um expediente para criar empregos bem remunerados para amigos e correligionários?

«Os consumidores acham cara a tarifa mas consomem água engarrafada, mais dispendiosa» - disse o inqualificável presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas, um tal Carlos Martins, com a falta de sensibilidade e de bom senso de quem, em vez de água, deve beber champanhe.

Comentários

e-pá! disse…
A água é um bem público, um dádiva da natureza.
É incrivel, diria insuportável, que se faça negócio com esta preciosodade indispensável à vida.

As Empresas Públicas Municipais de Águas receberam a captação e a rede das Câmaras Municipais, muitas delas feitas com subsidios comunitários cujo benefício deveria ser, passe a redundância, comunitário.
O que foi o esforço de saneamento básico? Um sugadouro de verbas dos orçamentos municipais.

Agora, "empresários" e donos de tudo, "armados" com estatuto de gestores públicos, pejados de mordomias, ninguém os vê melhorar ou aumentar a rede de distribuição ou obter novos locais de captação. E na drenagem é só esperar pelo próximo Inverno.

Vamos senti-los a esgravatar nos nossos bolsos e continuar a cogitar se o que é público (municipal) é mau e o que empresarial (mesmo sob a capa de público) é óptimo.

Esta empresaliazação do País não nos está, sob o manto do modernismo e da eficiência, a estrangular.

Esta é uma pergunta que os municipes devem fazer. Este é um assunto que não deve escapar à agenda das próximas autárquicas.

Basta! a crise do petróleo, a subida dos preços e escassezz dos cereais (pão) e agora estes "gajos" da água?

Estaremos perto de quê?
Daquilo que o Dr. Mário Soares vem advertindo?

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