PSD. Que oposição?

Para Portugal, pior do que ter esta Oposição era ela ser Governo mas nenhum governo ganha, muito menos o País, se as suas decisões erradas não tiverem uma oposição sólida, aguerrida e bem fundamentada.

Quando a líder do maior partido da oposição afirma que «Não há o direito, não há legitimidade democrática para tomar decisões cujas consequências caem em cima dos outros», atinge o grau zero da crítica, diz palavras sem sentido e profere opiniões sem conteúdo. Como se fosse possível tomar decisões sem consequências, como se as decisões e a inércia fossem igualmente inócuas.

Por sua vez, o titubeante líder parlamentar do PSD, escolhido por Ferreira Leite, é o ventríloquo da líder e aprendiz da arte de dizer uma coisa e afirmar logo o seu contrário. Paulo Rangel, de seu nome, está contra os planos de investimento do Governo socialista mas logo acrescenta que «não está contra obras públicas em geral nem nenhuma em concreto». Afinal, há algum investimento que Paulo Rangel conteste, sem estar contra? Isto é que é falar. Uma oposição assim é uma orquestra afinada a tocar por uma pauta sem notas.

Assim, não. Resta a oposição de esquerda que, vendo a indigência do pólo oposto, arrasa todas as decisões do actual Governo, sejam elas quais forem. Não sei se na actual conjuntura é possível melhor Governo, mas certamente poderia haver melhor oposição.

Comentários

ana disse…
Que bom! Assim ficamos a saber que quando o psd voltar a ser governo, as consequências das suas decisões não vão cair em cima de ninguém.
Dona manuela devia aproveitar o verão para fazer casaquinhos de bebé para o inverno, talvez para isso tenha competência.
Até eu, que sou desconfiada, tenho sido surpreendida por esta mulher. Pela negativa, é claro.

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