Bush não tem emenda

Comentário: Quem pretende resolver a crise da forma que a provocou, insiste no veneno como remédio.

Comentários

e-pá! disse…
Borges, nos EUA, na próxima 5ª. feira?

Então, o Dr. António Borges, irá tentar ajudar o parceiro do BCP, na área dos seguros, a instituição franco-belga Fortis, que parece estar a afundar-se...

De resto, a situação nos EUA já está toda programada. Hoje, faz-se o acordo, amanhã, vota-se.
Quando o Dr. Borges chegar , já acabou a festa com o alívio do "pesadelo" financeiro, é só apanhar as canas dos foguetes...

Assim, artificialamente, com o dinheiro dos contribuintes, debelou-se a crise financeira. Falta saber, quais as alterações ao Plano Paulson, que foram introduzidas nesta maratona negocial do Congesso. Se foram, ou não, introduzidos sérios e rigorosos mecanismos de regulação financeira, do dito "mercado".

Ultrapassada (ainda deverá haver mais sequelas) o tempo crítico da crise financeira, segue-se a crise económica.
Esta, sim, vai afectar seriamente os devedores que foram marginalizados da slução americana.
Esta, sim, será global.

As instituições bancárias europeias repetem, à saciedade, que não foram, nem serão, seriamente afectadas pela crise financeira americana.

Entretanto, como está o mercado imobiliário, hoje, em Portugal?
A Euribor a 6 meses nos valores mais altos de sempre (5,29%).
O mercado interbancário europeu, completamente paralisado, estando os bancos tentando defender, ao máximo, a sua liquidez.
Entretanto, 2 bancos europeus começaram a mostrar "discretas" dificuldades:
União de Bancos Suiços e o consórcio belga-holandês Fortis.

O Banco Central Europeu (BCE) a viver no pânico de um eventual disparar da inflação, mantém juros (muito mais altos do que os dos EUA), o que penaliza os devedores europeus (p. exº. no crédito à habitação) e não deixará de atrasar a recuperação económica europeia, em relação aos EUA.
Entretanto, vemos o BCE a "injectar", periodicamente, milhares de milhões de euros, nesta crise.

É preciso não perder a noção que o baixo crescimento da economia europeia, ronda as bordas da recessão...
Temos, por cá, perdido muito tempo com os States, precisamos de dedicar-nos mais ao Velho Continente.
Isto, sem qualquer resquício de egoísmo.
e-pá! disse…
Adenda:

O Mundo, fundamentalmente a sua componente democrática, terá de tirar ilações desta crise.

E deverá exigir aos Governos o fim da irracionalidade dos mercados, criar mecanismos que levem à total erradicação da especulação financeira e pôr termo ao tráfico de informações privilegiadas (inside trading) que enriquecem ,instantaneamente, os traficantes.
Libertar as Bolsas de Valores das influências económicas e políticas.
Combater, com decisão e determinação, os off-shores, verdadeira praga da conjuntura financeira e económica mundial.
Estas são exigências democráticas. Que se tivessem sido observadas teriam evitado a crise financeira americana.

Os Governos democráticos em exercício devem comprometer-se a propor leis que punam, castiguem severamente, os "executivos agressivos", capazes de inquinar e distorcer os negócios e torpedear a vigilância da Bolsa, tal como, à nossa escala, se verificou com o Millenium e o clã Jardim (banqueiros).
Enquanto estes senhores estiverem descansados em casa, com chorudas reformas e majestáticas indeminizações, não há qualquer sentimento de Justiça, que se possa instilar aos portugueses.

Finalmente, muita atenção aos "new Chicago-boys", recém saídos das Escolas de Economia, muitas delas de renome internacional, e que, chegam às empresas, aos Bancos, etc., assentando praça em general.
São peritos na delapidação da riqueza, jogando como no jogo do monopólio com o dinheiro dos "outros", dos que depositaram nas suas mãos o seu pecúlio, sem qualquer noção da "economia real" ou das necessidade básicas de milhões de habitantes. Conhecemo-los de muitos sítios, nomeadamente, do Chile, e da destruição económica que provocaram na época (pós o assassinato de Allende).

A formação é necessária e indispensável para o desenvolvimento.
Sócrates insiste nisto quando, por esse País fora, anda a fazer marketing sobre as "Novas Oportunidades". Mas, tem-se esquecido de salientar que a par da formação é preciso prudência e experiência. Como dizia Albert Camus: "Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela." .

Aos new boys, neste momento vivendo um sentimento de orfandade, deveria ser-lhes re-lembrada uma máxima que, muitas vezes, faz falta:
"São precisos 60 anos e não 9 meses para fazer um homem"
(André Malraux).
eng.rui.silva disse…
Caríssimo e-pá:

os "new boys" a que se refere, por acaso não são os filhos do Jorge Sampaio, não ???

Ou também ???
eng.rui.silva disse…
Caro Sr. Carlos Esperança:

Não acha que é chegada a altura de ser um pouco mais justo e honesto com quem o lê?

O senhor que tantos exemplos dá da nossa vizinha Espanha, o senhor que tantas vezes referencia o "El Pais" como um exemplo a seguir, está agora tão caladinho com um artigo que, no minimo, envergonha o seu querido e adorado suposto engenheiro. Como não o diz eu ajudo-o:

El Pais (hoje):

Chávez y Sócrates cultivan su idilio
Venezuela compra a Portugal un millón de ordenadores en la cuarta reunión entre sus gobernantes en 10 meses
Qué ve el líder venezolano de interesante en Portugal, una nación que poco tiene que ver con Cuba, Libia, Irán, China o Rusia, donde Chávez aparenta sentirse muy cómodo? ¿Cuál es el atractivo de Venezuela para Sócrates, más allá del petróleo?

Pero no hay duda de que hay más. Para empezar, una buena sintonía política. Los socialistas portugueses, puede que no todos, sienten debilidad por el ex coronel venezolano. Chávez se refiere a los actuales dirigentes portugueses como "amigos políticos"

QUE VERGONHA TENHO DE SER GOVERNADO POR UM BANDALHO DESTES COMO PM...

Se diz mal do João Jardim, que dizer de Hugo Chavez ????
Senhor Engenheiro Rui Silva:

Depois de se informar sobre o que fazem os filhos de Jorge Sampaio e pedir desculpa pela calúnia, eu respondo-lhe.

Antes disso só posso considerar o Sr. Engenheiro como o que chamou ao primeiro-ministro.
Este comentário foi removido pelo autor.

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