Rangel candidato (2)


Por
E - Pá

AFINAL, QUE ELEIÇÕES VÊM AÍ…?
Manuela Ferreira Leite não quer discutir a Europa.
É uma personagem política que, acossada no interior do seu próprio partido, navega contornando as bóias das grandes questões nacionais, sem as enfrentar. Iludindo, sempre!
Nem esta crise a fez compreender a importância da Europa no futuro colectivo dos cidadãos europeus.
Cada vez se conhece menos, no PSD, uma estratégia europeia. Apenas, vêm à tona, uns resquícios de políticas ecológicas, climáticas e questões de cidadania, protagonizadas pelo eurodeputado Carlos Coelho, que mais parecem arremedos individuais, sem qualquer fio condutor na política partidária do PSD.
Carlos Coelho mais parece um exilado em Estrasburgo, do que um membro de qualquer família política europeia. Não conhecemos a totalidade da lista de candidatos do PSD ao Parlamento Europeu. Mas, se por manobra partidária, o mesmo for excluído, a presença do PSD no PE corre o risco de se tornar, literalmente, insignificante.

Numa altura, em que o PE adquire novos poderes, novas competências, novo papel na intervenção e no controlo dos órgãos executivos europeus, dá a impressão de que aprovou o Tratado de Lisboa, para inglês ver!

O que está em causa é a sobrevivência política de MFL e, mais do que isso, a influência de Cavaco Silva no seu partido de origem.
Portanto, quando Rangel anuncia que vai misturar tudo nas eleições europeias, isto significa que vai orientar preferencialmente a sua campanha para a política interna.
Claro, que a nossa situação interna é importante na Europa e a Europa faz-se connosco. Ninguém pode ser proibido de falar dos assuntos que achar pertinentes... Mas a estratégia de centrar as eleições europeias na política nacional é uma tentativa de ganhar dividendos a qualquer preço, calçando os sapatos emprestados…Aliás, quem segue o percurso do PSD há longos anos, é fácil adivinhar a balbúrdia que se levantará no interior do partido, se o veredicto popular o afastar, durante outra legislatura, dos corredores do poder. Os “carreiristas” e os “oportunistas” não aguentam tanto tempo fora do Governo…

O povo, não aprecia os malabaristas deste circo político que, trabalham no arame, misturando alhos com bugalhos.
Agora, no partido dos "tabus" - a indicação do cabeça de lista para as europeias foi mais um! - é com alguma perplexidade que se assiste à defesa pública desta "salada russa".

Este ano, temos eleições para tudo, menos para a presidência da República.
Existem oportunidades de “separar águas”. Só não o faz quem em vez de política anda a promover a mixórdia.
Depois deste singular começo da campanha europeia, falta a seguir transformar as eleições autárquicas num plebiscito nacional ao Governo e assim por diante. Isto é, "torturar" todos os objectivos, desviando-se das suas finalidades constitucionais.
Caminhar na política "à balda"!

Finalmente, tendo em atenção o ambiente político mais recente, em que os indícios de crispação são cada vez mais evidentes, que diria o PSD se, porventura, o PS quisesse transformar as legislativas numa consulta popular pré-presidencial?

Comentários

Anónimo disse…
vejamos...

se é para discutir
tudo, em todas,

então
que se as faça em simultâneo
num mesmo momento...

e ao ver-se PR
falar de governação

Rangel de politica interna nas europeias...

parece ser isso que se vai seguir...

mas prontos...
povo é quem mais ordena...

25 de abril, todos os dias...

fascistas nunca mais....´+

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