Um relatório sobre a crise na Zona Euro...

EUROZONE CRISIS
Sub-titulo: “beggar thyself and thy neighbour”, i.e., "o empobrecimento do vizinho…" link

Research on Money and Finance Report on the Eurozone Crisis

Segundo este trabalho de investigação existiam 3 alternativas estratégicas para os países periféricos da Zona Euro onde, como é óbvio, Portugal está integrado.

Assim:

“1. A primeira traduz-se em programas de austeridade acompanhados por acrescida liberalização da economia. Esta é a opção preferida pela zona euro e pelas elites da periferia. É igualmente a pior opção. A estabilização económica será obtida através da recessão e da imposição de elevados custos sobre os trabalhadores. Este cenário oferece perspectivas reduzidas no que toca a futuro crescimento sustentado já que se acredita em aumentos de produtividade espontâneos após as medidas de liberalização. Adicionalmente, não contempla qualquer reforma que altere a arquitectura enviesada da zona euro.

2. A segunda consiste na reforma radical da zona euro. Tal opção envolveria maior liberdade orçamental para os estados-membros, um aumento substancial do orçamento europeu, transferências dos países ricos para os mais pobres, medidas de protecção laboral e investimento europeu dirigido aos sectores industriais ambientalmente sustentáveis. Os restritivos estatutos do BCE seriam igualmente revistos. Esta pode ser designada como a alternativa do “euro bom”. Problemas políticos à parte, é provável que esta estratégia apresente algumas ameaças para as ambições do euro enquanto moeda de reserva internacional, devido à sua provável desvalorização. Tal facto constituiria, por si só, uma ameaça à viabilidade da União Monetária.

3. A terceira alternativa para os países periféricos é o radical abandono da zona euro. Tal alternativa resultaria, de imediato, na desvalorização das moedas nacionais, seguida da cessação de pagamentos e reestruturação da dívida. A banca teria de ser nacionalizada e o controlo público estendido aos sectores estratégicos da economia. Uma política industrial, promotora do aumento da produtividade, seria necessária. Esta opção requer uma alteração radical na balança do poder que seja favorável aos trabalhadores. De forma a evitar estratégias de autarcia nacional, os países da periferia teriam que manter o acesso ao comércio internacional, tecnologia e investimento.”


Olhando atentamente para o PEC português descubra qual foi o caminho que a Zona Euro escolheu … e qual o país europeu que, directamente, tira dividendos dessa opção.

Comentários

Rui Cascao disse…
E-pá, não vai levar a mal, mas tenho muitas reservas sobre a credibilidade desse estudo. Parece coisa dos laboratórios propagandísticos do Avante!
e-pá! disse…
Caro Rui Cascão:

Não conheço os autores mas, ao que julgo, integram um dos múltiplos departamentos da University of London...

Qual a idoneidade científica desta Universidade?
- Confesso que desconheço.

As minhas reservas (que também as tenho!) são genéricas e podem cair no vício de "generalização".
Em meu entender, muito do que se publica ou investiga no Reino Unido, no campo político e económico, terá uma indelével marca do indisfarçavel "eurocepticismo britânico"...
De qualquer modo, é uma outra visão ou, se quisermos, uma abordagem diferente.
E vale o que vale.

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