Paula e a síndrome de Estocolmo

Ministra da Justiça admite que corte de subsídios perdure após 2015… link.

Afinal não se tratou de um lapso mas de um relapso vício de mentir aos portugueses.

A intolerável chicana política tecida pelo actual Governo à volta dos cortes de subsídios mostra a ligeireza e a indignidade do exercício do poder e como é possível fazer política com honestidade e sobranceria.

Não é indiferente para os portugueses e portuguesas ter de 'suportar' um corte temporário de subsídios (uma importante redução de rendimentos) ou ser vítima de um brutal confisco.

Como também não será indiferente esta enviesada e propositada “confusão” para os partidos políticos e comportamento cívico dos cidadãos.

O anúncio da Sr.ª Ministra de que os cortes de subsídios podem perdurar após 2015 significa, pura e simplesmente, o falhanço das actuais “soluções” austeritárias. Claro que esse facto terá consequências políticas. Uma delas será que a actual coligação (após 2015) terá de passar pelo crivo de eleições legislativas (por coincidência em 2015, se não forem antes).

Portanto, a advertência de Paula Teixeira Pinto, além de extemporânea e politicamente suicidária, mostra uma outra perversidade. A ilusão dos actuais governantes de que à custa de malabarismos e da exploração do medo podem eternizar-se no Poder.
A sociedade portuguesa não se deixará devorar (capturar) pela Síndrome de Estocolmo. Punirá os sequestradores da democracia. Afastará os carrascos que teimam em cercear as suas legítimas aspirações.


Comentários

Manuel Galvão disse…
A reposição dos subsídios nunca mais vai acontecer, por razões económicas.
O que pode acontecer é o governo dar aumentos superiores à inflação, gradualmente, considerando-os "reposição dos subsídios em duodécimos".
Mesmo num eventual governo PS esta será a solução a adotar.
e-pá! disse…
Caro Manuel Galvão:

Tem toda a probabilidade de acertar!
Mas, nessas circunstâncias, convinha chamar os bois pelo nome: trata-se não de uma suspensão mas de um confisco.

Quanto ao PS: se futuramente vier a adoptar um "expediente" semelhante ao do actual Governo entra em flagrante contradição com tudo o que publicamente defendeu na discussão do OGE-2012 (as célebres "folgas orçamentais").

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