A Pátria, a economia e o equivalente a um Governo


Andava a Pátria em profunda depressão, com a economia e afundar-se, os fogos a lavrarem, o desemprego a alastrar e a miséria a generalizar-se, quando o primeiro-ministro, rudimentar na gramática e vazio nas ideias, veio anunciar com pompa, perante a incredulidade dos autóctones, mais umas tantas tropelias.

Soube-se que o esbulho fiscal generalizado, o confisco dos subsídios aos pensionistas e funcionários públicos e a volatilização dos benefícios fiscais não foram suficientes para conter o défice, mas sobejaram para estimular o desemprego, lançar o medo e destruir o tecido económico.

O ministro das Finanças, com recursos académicos de sobra e míngua de conhecimentos da economia real, já reconheceu que a meta dos 4,5% do défice era uma mentira, para eludir os nativos, e que as promessas se baseavam na fé e não na ciência, sem ter em conta a conjuntura externa e as condições do País.

Não há uma módico de humildade nem um pingo de humanidade nesta escalada contra a Constituição, no desafio ao Tribunal Constitucional e no ódio à solidariedade social. O país encaminha-se para a igualdade, nivelado pela miséria, enquanto os ideólogos do Governo são descobertos por chineses e angolanos para remunerações obscenas e privilégios despudorados.

Com um PR, que foi o pai do monstro (défice), quando PM, e promotor deste Governo, a hesitar entre as banalidades que debita e os silêncios que gere, o atual Executivo alia a pulhice ideológica, a infâmia cívica e o ódio aos pobres, esforçando-se por entregá-los à fome, à emigração ou à caridade.

O esbulho de 7% a todos os trabalhadores, independentemente do seu salário, a favor dos patrões a quem pretende devolver 5,5%, é uma ofensa e uma pulhice que as débeis justificações não convencem. Esta provocação pode ainda ser travada. Basta que não nos transformemos num país de poltrões e num bando de beatos, tímidos e idiotas.

Ponte Europa / Sorumbático
 

Comentários

É isso mesmo. Agora até a Dama de Cinza Manuela Ferreira Leite veio juntar-se ao coro de protestos!

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