MALALA YOUSAFZAI


Esta menina paquistanesa, hoje com 15 anos de idade, é uma autêntica heroína pela sua luta contra a opressão do extremismo islâmico.

Com apenas 11 anos, e numa zona do Paquistão dominada pelos terroristas talibãs, que nessa zona proibiram a frequência de escolas por crianças e jovens do sexo feminino, iniciou uma campanha pelo direito das mulheres à educação e continuou a frequentar a escola secretamente.

A retaliação não se fez esperar: em 9 de outubro de 2012, militantes talibãs tentaram assassiná-la a tiro, causando-lhe lesões no crânio, de que ainda não recuperou completamente. Apesar disso, promete continuar a sua luta, em que arrisca a própria vida.

Nestes tempos de generalizada indiferença e cobardia, esta adolescente é um exemplo de coragem para jovens e adultos de todo o mundo, inclusivamente de regiões onde vigoram condições muito menos adversas e perigosas. Mesmo na Europa e até em Portugal, onde existe liberdade de expressão e de manifestação, custa ver grande parte da juventude, que atualmente tantas razões tem para lutar pelos seus direitos e pelo seu futuro, mergulhada num incompreensível amorfismo e até – é triste dizê-lo, mas infelizmente é verdade – conivência com o Poder que oprime toda a sociedade.

Como vão longe os tempos, cronologicamente não muito longínquos, em que os jovens de todo o mundo dito “ocidental”, fraternalmente unidos, lutavam pela liberdade, contra o conservadorismo reinante, pela emancipação das mulheres, contra as ditaduras vigentes em países como Portugal, Espanha e Grécia, contra o racismo nos E.U.A. e na África do Sul, contra a guerra do Vietnam e as guerras coloniais portuguesas, pela democratização do ensino e por outras causas justas. E a verdade é que essas lutas vieram a tornar-se vitoriosas.

Só pelo seu exemplo de lutadora, esta jovem merecia mais do que ninguém um Prémio Nobel. Muito mais certamente do que a decrépita União Europeia que, hoje dominada por agiotas e pervertida por interesseiros egoísmos nacionalistas, rendida ao “vil metal” e destituída de quaisquer ideais, de União já não tem nada.



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