Abreu Amorim candidata-se a secretário de Estado


Não é relevante a pasta que lhe possa caber ou a precariedade do cargo. Esta gente é pau para toda a obra. A coerência é um empecilho, tal como a honra ou a dignidade política.

Abreu Amorim, em campanha para a Câmara de Gaia, afirmou que “o tempo político de Vítor Gaspar terminou». Compreende-se que não seja decoroso exibir amizades com as de Duarte Lima, Oliveira e Costa, Vale e Azevedo, Dias Loureiro e outras ex-estrelas do partido de cuja bancada parlamentar  é vice-presidente, mas, depois do desaire de Berta Cabral, bastava algum tino para não incorrer no mesmo despautério.

Berta Cabral foi, ao que me disseram em S. Miguel, uma boa autarca de Ponta Delgada mas a fama que precede o presidente do PSD levou-a a dizer dele, quando disputou o Governo da Região Autónoma, o que Maomé disse do toucinho. Chegou a perguntar ao eleitorado se a achava parecida com ele, com alguém que nem para vogal de uma Junta de Freguesia serviria, como o País dolorosamente descobriu.

Sabe-se como a autarca de Ponta Delgada perdeu as eleições para o Governo Regional.

A insistência no truque de dizer mal do Governo que o destacou em comissão de serviço para as eleições autárquicas de Gaia, talvez para pagar dívidas contraídas por Luis Filipe Meneses, é um número de circo de belo efeito mediático de fraco valor eleitoral. Aliás, revela o carácter e a falta de escrúpulos de quem é corresponsável pelo Governo que viu empalidecer a estrela Vítor Gaspar.

Quando perder as eleições em Gaia, resta a Abreu Amorim, se ainda encontrar o mesmo Governo, aguardar que lhe abra uma vaga de secretário de Estado, à semelhança do que fez a Berta Cabral.

Em Portugal, Roma paga aos traidores.

Comentários

Roma, essa puta, não pagava. Mas Portugal paga bem a traidores.
É verdade, caro e excelente amigo Carvalheira.

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