Nelson Mandela e o futuro multirracial ameaçado


Nelson Mandela foi de novo internado com uma infeção pulmonar. A reincidência do problema de saúde, na avançada idade do venerando ancião, não é um internamento, é o prenúncio do fim que se aproxima, rapidamente.

Não há homens insubstituíveis mas há os que fazem muita falta. Mandela não é apenas um símbolo da resistência que Reagan e Thatcher consideravam terrorista, é a referência ética de herói e patriota, humanista e benemérito, político raro e homem de exceção.

Mandela, na sua imensa inteligência, teve a sagacidade e magnanimidade que muito poucos conseguem reunir. Ele não é apenas uma figura ímpar da África do Sul, é a grande figura de África e um excelso cidadão do mundo.

Com ele, todas as raças, todos os credos, todos os homens podiam estar confiantes. Sem ele, começa a turbulência  inexorável que as cicatrizes do apartheid deixaram. Há contas por saldar entre os medíocres e os rancorosos, entre os exploradores de ontem e os de hoje, entre os ambiciosos do poder e os oportunistas de sempre.

Todos teremos imensa saudade de Mandela mas serão muitos os que perdem o seguro de vida. O mundo, sem Mandela, fica um lugar mais pobre e inseguro.

Comentários

Não há homens insubstituíveis, mas há grandes Cidadãos e Estadistas a quem toda a Humanidade muito deve que são substituídos por medíocres politiqueiros. É infelizmente o que está a suceder um pouco por todo o mundo. Já há muito poucos homens comparáveis a Mandela.
e-pá! disse…
Interessante – por mostrar uma imensa incompreensão sobre o papel histórico de Mandela - é ‘ler’ a opinião de Roabert Mugabe…link

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