A Guiné, o ministro e o PR de alguns portugueses (2)

1 – A Guiné-Bissau não é um Estado, é um caso de polícia que se converteu num caso político, um antro de droga que a França destabiliza na sua vocação neocolonial e no apetite do petróleo de Casamança, que Portugal não sabe como lidar com ele.

2 – Os atuais membros do cartel, impropriamente chamado Governo, não têm o direito de reivindicar a herança de Amílcar Cabral nem de usarem o guarda-chuva honrado do PAIGC. São marginais com dupla nacionalidade Portugal/Guiné, a viverem do esbulho do famélico povo da Guiné e das rivalidades tribais de um complicado mosaico étnico.

3 – O embarque forçado de 74 sírios, com passaportes falsos, num avião da TAP, foi um caso de terrorismo, onde o cartel da droga, graças a previsíveis subornos, pôs em perigo a segurança, o comandante, a tripulação e os passageiros da linha aérea. Só a errática diplomacia de quem ainda chama ex-ultramar às ex-colónias pode permitir os assíduos insultos e as interferências deploráveis que envergonham Portugal. De Bissau a Luanda.

4 – Dito isto, é inaceitável que a indelicadeza do inqualificável membro do gangue para com o PR português, apelidando de «infantis» as suas declarações, sirva para esconder o essencial – o ato terrorista contra Portugal.

Os analistas de café e excelsos patriotas agarraram-se à nuvem e esquecem Juno.

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