Momento de poesia


A sustentabilidade do tempo…

À minha avó Maria


Julgas que vou fazer isto tudo?
Nunca tenho tempo para nada
porque sempre julgo
ter tempo para tudo.

A culpa é dos relógios
que contam o tempo devagar
quando afinal, e veloz como o vento,
o tempo passa a correr.

Devia ser como no tempo da minha avó
que contava os dias pelos dedos,
as horas pelo sol
e despertava ao cantar do galo.
E ela sempre teve tempo para tudo,
até para ter netos.
E foi sempre assim,
até morrer…

Alexandre de Castro


Lisboa, Janeiro de 2014

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