Papas, bolos e canonizações

Pela primeira vez na História do Vaticano, reúnem-se dois papas para canonizarem dois antecessores, em adiantado estado de defunção.

Dois mil anos de papas deram muitos defuntos para se dedicarem ao ramo dos milagres e poderem reincidir na santidade, já que o título é apanágio da função e do estado civil.

A presença de Durão Barroso, muito chegado a papas e bolos, sobretudo aos últimos, a avaliar pelo volume, lá vai à cerimónia a representar a excelência da escola salazarista. Não lhe falta experiência em genuflexões e vocação para andar de rastos.

Irá representar a União Europeia, como se a legitimidade, nesta Europa do Iluminismo,  fosse conferida a quem não se submeteu a votos nem ao exame de consciência sobre a invasão do Iraque.

Com papas e bolos poder-se-ia pensar que Durão Barroso ia ao engano mas somos nós quem eles querem que acreditemos em milagres e passemos por tolos.

Comentários

e-pá! disse…
Durão Barroso é um indeflectível 'servidor' dos mercados.

Nunca poderia ficar tranquilo em Bruxelas quando a city do Vaticano lança mais 2 'derivados pios' na balbúrdia do 'mercado da fé', neste momento, sob 'perspectiva negativa' notação que vem sendo tecida à volta dos recorrentes escândalos financeiros e crimes sexuais.

Deverá apresentar-se na cerimónia munido de terço, hábito talar e um missal com cânticos em jeito 'reformas estruturais' para 'ajustar' a Cúria...

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