Vale e Azevedo tem razão de queixa

Vale e Azevedo foi condenado a vários anos de cadeia por diversos crimes. Ele, Vale e Azevedo, não contesta o Código Penal nem o do Processo Penal, contesta sim os juízes que o condenaram. E com razão. Pergunta-se como é possível ter sido julgado por juízes mal escolhidos. Ele, que foi chefe de gabinete de um primeiro-ministro do PSD, Pinto Balsemão, não teve oportunidade de os escolher.

O que Vale e Azevedo contesta é a legitimidade de quem se atreveu a condenar atos que o direito consuetudinário do futebol consagrou, de ter sido vítima, não dos juízes que muito preza, mas daqueles juízes. Com juízes desses não se pode governar um clube de futebol e muito menos o seu presidente.

Um coletivo de juízes que levam à letra o Código Penal não é merecedor do respeito de quem é punido. Vale e Azevedo sabe que era reincidente mas, mais uma razão, para os juízes mudarem de critério. Foi nessa convicção que se tornou contumaz.

Um tribunal que não atende aos interesses do diretor de um clube de futebol não merece existir. As competências devem ser atribuídas a uma secção da Federação Portuguesa de Futebol.

Os prevaricadores não podem estar à mercê de quem vê leis sem ver quem as infringe.

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