A estratégia e os embustes desta direita

Um social-democrata, como eu, tem dificuldade em entender a intoxicação da opinião pública a que esta direita se dedica despudoradamente.

Parece que quem arruinou a economia e lançou Portugal no pântano foram os governos de esquerda, social-democratas a tender para a direita, e não o capitalismo, puro e duro, na sua deriva especulativa a nível global. Esta direita ultraliberal, que esqueceu depressa a falência do banco Lehman Brothers, ainda mais depressa do que os infaustos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, procura arranjar bodes expiatórios das suas próprias malfeitorias e justificações para a permanência, no poder, de Passos Coelho e Portas.

A inépcia deste Governo, o desastre deste PR e a tragédia desta maioria, deixar-nos-ão sem esperança e sem empregos. Esta direita omite que foram os seus patrocinadores que protagonizaram os escândalos que mais nos pesam e maior relevo tiveram no horizonte sem futuro que nos legam quando as próximas eleições a varrerem.

BPN, Banif, BCP, BES, submarinos, sobreiros e Universidade Moderna são alguns dos mais estridentes escândalos que qualquer pretexto serve para fazer esquecer, escândalos nascidos nela e ocultos do quotidiano sob a cortina de reais ou inventados escândalos da oposição. Até o empréstimo do BES à Festa do Avante, uma normal transação bancária, serve para denegrir os outros e esconder os próprios crimes.

Só não considerava capaz esta direita, hoje arrependida dos oportunistas que assaltaram os seus partidos, de condenar o sentido do voto de um país que sofre na pele as mesmas dores que nos afligem, a Grécia. Esta direita é serventuária de quem lhe dá migalhas e é composta por indivíduos que têm da ética uma leve ideia e da Pátria, nenhuma.

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