A falência do GES/BES – «Caso BES – A realidade dos números»

O mais tremendo colapso financeiro e o mais trágico para a economia, o emprego e as finanças de Portugal, deve-se – segundo o relatório de peritos, da SaeR, Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco –, a vários fatores que se conjugaram:

- A falência do banco Lehman Brothers cujas ondas de choque puseram em xeque os bancos mundiais e a economia de numerosos países e que, ao contrário do que sucedeu, devia, a meu ver, fazer repensar o papel dos Estados, anulado pela insânia neoliberal, no controlo dos grupos financeiros e na economia de casino que promoveram e promovem;

- Os «erros graves» na gestão do Grupo Espírito Santo (GES) que estiveram (em parte), na origem do colapso e cuja responsabilidade criminal cabe aos Tribunais julgar;

- Os erros do Estado que, sem isentar culpas da gestão do grupo, foram corresponsáveis na falência do maior empregador privado (cerca de 40 mil colaboradores), com um volume de negócios aproximado de 90 mil milhões de euros e 400 empresas.

O relatório critica fortemente o Governo e o Banco de Portugal (BdP) pela inépcia das decisões.

Hoje, parece não haver dúvidas de que ter salvado o grupo GES/BES era infinitamente mais barato do que tê-lo deixado falir, numa atitude obstinada de desmantelamento do Estado.

A propaganda depreciará mais esta atuação danosa para a economia nacional. Entretanto o Governador do BdP já foi reconduzido para defender erros próprios e os do Governo.

Só falta que o eleitorado reconduza o Governo.

Fonte: DN, ontem.

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