Há 200 anos – Batalha de Waterloo


Tal como há dois séculos, por irónico desígnio de Bruxelas, trava-se no mesmo dia uma batalha, também na atual Bélgica, em que não se joga apenas o fim do primeiro império francês, mas o fim da União Europeia.

Há duzentos anos terminaram os sonhos imperiais de Napoleão, mas saíram vencedores o Duque de Wellington e von Blücher, britânicos e prussianos, que devolveram ao trono francês Luís XVIII.

Hoje, a 13 quilómetros de distância, no ar condicionado, com computadores e folhas de Excel, trava-se a derradeira batalha pela sobrevivência europeia, com o sonho de paz e de prosperidade a esvair-se entre impulsos ideológicos e a irracionalidade de um novo deus, Os Mercados, falso e isotérico, sem a beleza dos deuses gregos e mais implacável.

Hoje, na derrota anunciada da Grécia, é a Europa que soçobra, sem vencedores. Apenas fica de pé a vitória de uma ideologia liberal a agonizar com a Europa ajoelhada aos seus pés, como outrora perante os papas.

Os bárbaros já estão cá dentro.

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