Quem sabe, faz; quem não sabe, ensina.

Este foi o slogan anarquista popularizado em «Maio de 68», um movimento juvenil com que os estudantes abalaram a França e influenciaram a Europa.

Passos Coelho, o PM que aboliu o feriado do 5 de Outubro com a bandeira da República na lapela, recordou-me esta frase pelo conteúdo que o seu exemplo lhe empresta.

Quem não conseguiu apresentar um único Orçamento de Estado (OE) sem necessidade de orçamento retificativo, e sempre feridos de inconstitucionalidade, propõe-se discutir o OE-2017, com os parceiros sociais, a uma semana do início da discussão parlamentar. Se não ensaiasse esse número, só perdia os noticiários que obsessivamente o acolhem.

No início das breves jornadas iniciadas ontem em Albergaria-a-Velha, mais destinadas a serem notícia do que a discutir o que quer que seja, já o putativo líder da Oposição, que o CDS abandonou, tinha afirmado que “O PSD apresentaria um Orçamento do Estado melhor para os portugueses.”

Devia referir-se aos Orçamentos que sonha e não aos que elaborou a sua antiga ministra e professora, Maria Luís, agora a repartir o tempo entre a AR, um fundo londrino agiota e a presença constante nos canais televisivos.

Se Passos Coelho fizesse a mínima ideia do que é a governação já teria pedido desculpa pela incúria do seu desastroso governo em relação aos bancos. É verdade que os seus conselheiros prediletos, Relvas, Marco António e Dias Loureiro o influenciaram mais pelo exemplo do que pela sabedoria.

Quem sabe, faz; quem não sabe, ensina.

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