CGD - The End of the Game...

Ontem, na Comissão de Inquérito Parlamentar à CGD, a Direita deverá ter finalmente compreendido que a Esquerda não vai ser um bordão para alimentar uma interminável chicana política à recapitalização do único banco público nacional.
 
Assim, a correspondência e os e-mails trocados entre o Governo e António Domingues ficam de fora do âmbito da Comissão por terem sido consideradas como não enquadrando o objeto do inquérito link.
 
Independentemente dos erros processuais e políticos que foram cometidos - uma lamentável evidência - e que a Direita se apressou a empolar, a atitude da Esquerda face ao folhetim CGD é salutar já que visa não continuar a permitir a desestabilização desta instituição financeira que, desde há 1 ano, i. e., logo que anunciada a sua recapitalização, está sujeita a continuadas e sistemáticas perturbações.
 
Rapidamente, um inquérito que pretendia escrutinar o exercício administrativo e a eficiência da CGD, durante o século XXI (desde 2000), período em que esta instituição bancária 'colecionou' um gigantesco montante de ‘crédito mal parado’, transformou-se num sinuoso e infindável ‘mexerico’ à volta da futura administração, com o manifesto intuito de travar a recapitalização e a sua manutenção na esfera pública.
 
E o pretexto da busca da verdade, ou da denúncia da mentira, foi usado para esconder a verdadeira motivação da chicana, que é facilmente reconhecível como eminentemente política. Na verdade, custa a engolir que os acuais ‘paladinos da verdade’ em meados de 2011 andassem a garantir que não iam cortar salários, pensões e subsídios e ainda não tínhamos chegado ao Natal os cortes de todas essas prestações já estavam a ser processados.
 
Se a Direita tiver a mesma argúcia com que tentou ‘acabar’ com o Ministro das Finanças e tolher o Governo, deverá, também, ter arguido que a rábula chegou ao fim.
 
Algo do que se está a passar faz lembrar o provérbio chinês: “quando o dedo aponta a lua, o tolo olha para o dedo”.
 
Adenda: O provérbio não é inocente. Na realidade, nem toda a banca é chinesa e nem todos os portugueses são tolos.

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