Perguntar não ofende

Hoje passei por um canal televisivo a caminho do jantar e saiu-me um rosto conhecido. Era o edil da Guarda a falar dos incêndios do concelho. Lembro-me dele como ajudante de Dias Loureiro no MAI.

Depois disso, dedicou-se, com sucesso eleitoral, à vida autárquica. Fez três mandatos em Gouveia, depois conseguiu eleger-se na Guarda e só não concorreu a Coimbra – o seu sonho –, por, ao que me dizem, as sondagens serem desmoralizadoras.

Estava a dizer – eu ouvi –, que os bombeiros, a GNR e as populações não podiam ter feito melhor, tinham sido extraordinários, foram todos excelentes e de uma eficácia notável.

E, logo a seguir, disse que faltou quem os coordenasse.

Se foram tão extraordinários e excelentes, para que precisavam de quem os coordenasse? E se, ao contrário do que disse antes, precisavam, para que acabou o PSD com os Governadores Civis, que tinham essa função, sem que outra entidade os substituísse?

Fiquei com a vaga sensação, talvez injusta, de que, à semelhança de alguns comentadores do meu mural do Faceboock, dissimulava um gozo sádico, na esperança de que os incêndios que devoram o País, queimem o Governo que abomina.

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