Ninguém pergunta à PGR se há investigações em curso?

Transcrevo dois parágrafos da Visão n.º 1278, de 31 de agosto a 6 de setembro do ano em curso e deixo a respetiva capa onde nomes sonantes do PSD acompanham um ex-presidente e são alvos de gravíssimas suspeitas:

«Desvio de dinheiros, operações simuladas e concursos públicos viciados, financiamentos ilícitos de campanhas, com faturação de despesas a empresas de fachada para iludir o Tribunal Constitucional, o rol revelado na edição desta semana da VISÃO é extenso. Durante anos, um grupo de empresas, algumas de fachada, tirando partido de influências políticas, sobretudo junto de autarcas e dirigentes do PSD – Marco António Costa, Luis Filipe Menezes, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro –, viciou contratos públicos, ludibriou o Estado, fintou a Justiça e terá ocultado financiamentos proibidos para campanhas eleitorais. Numa grande investigação, que culminou num extenso dossiê de 21 páginas assinado por Miguel Carvalho, a VISÃO revela indícios de tráfico de influências e corrupção destapados com o fim da agência Webrand.

Com detalhe minucioso, o grande repórter explica o que está em causa, os esquemas e as técnicas utilizadas para desviar dinheiro dos contribuintes para bolsos privados. Elucidativa é a entrevista ao testa de ferro assumido da Webrand, Carlos Fonseca, que abre o jogo em on. Ora espreite aqui e assombre-se com o que ele classifica de “prática normal”.»

Ficam também alguns links
http://visao.sapo.pt/newsletters/visaosemanal/2017-08-30-Grande-investigacao-os-esquemas-das-campanhas-politicas-sujas
http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-08-31-Jornalista-Miguel-Carvalho-explica-os-esquemas-das-campanhas-sujas
http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-08-30-Faturas-falsas-operacoes-simuladas-e-jipes-a-conta
https://www.reddit.com/r/portugal/comments/6x7ojc/webrandgate_faturas_falsas_opera%C3%A7%C3%B5es_simuladas_e/

Suplico aos meus leitores para se dirigirem à PGR, a pedir para não deixar que este caso prescreva, à semelhança do das vivendas BPN da Praia da Coelha, comissões de compra dos dois submarinos e outros.

O caso Tecnoforma, cuja ponderação de reabertura foi anunciada pela PGR, quando se soube que a Comissão Europeia apurara a fraude na gestão de fundos comunitários na atividade da empresa e Bruxelas exigiu a devolução de 6,7 milhões de euros, parece não ter passado de rumor para o deixar esquecer. É urgente lembrá-la.

Cabe a todos nós, cidadãos e contribuintes, exigir o que os partidos esquecem e o PR, absorvido na campanha de afetos, certamente desconhece, o que explica o seu silêncio.

Procuradoria-Geral da República - Email: correiopgr@pgr.pt

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