Eurogrupo – Quem venceu (1), quem perdeu (2) e quem fez figura de urso

Ignoro os que dão uma no cravo e outra na ferradura, por não terem as terminações dos membros posteriores em repouso. Há sempre, numa candidatura, quem saia vencedor e quem saia derrotado.

1 – A vitória de Mário Centeno é, antes de mais, uma vitória que premeia a competência técnica, o percurso académico imaculado e o sucesso pessoal na condução do ministério das Finanças; um sucesso do MNE e da diplomacia portuguesa, em que o próprio PM se empenhou; o êxito do Governo, com os partidos que o viabilizaram, independentemente da maior ou menor aversão de cada um à UE e à moeda única; finalmente, de Portugal, com um candidato de indiscutível qualidade, nesta vitória sem precedentes, e do próprio Eurogrupo, que terá um líder de elevado perfil técnico e manifesta sensibilidade social.

2 – Perdem, na comparação, os anteriores ministros que não conseguiram apresentar um único OE constitucional nem evitaram, em qualquer ano, a necessidade de recorrer a um OE retificativo; o governador do Banco de Portugal que negou o provimento, num lugar de concurso, em que Mário Centeno ficou em primeiro lugar, e que não tinha convidado a concorrer; os arautos da desgraça e os ressentidos, que não digeriram um Governo PS com apoio parlamentar do BE, PCP e PEV; o lamentável ex-PR que tudo fez para evitar a posse; e o governo anterior que, apesar do fracasso, se julgava no direito de continuar, contra a vontade democrática da AR, único órgão legítimo para formar governos.

3 – "Mérito da eleição de Centeno deve ser repartido entre o anterior e atual Governos" (Rui Rio)

É “‘o reconhecimento da política de ajustamento orçamental’ iniciada com o governo PSD-CDS e prosseguida pelo do PS”. (Eduardo Catroga)

E outros.

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