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A mostrar mensagens de maio, 2018

Notas Soltas – maio/2018

1.º de Maio – Por mais que a sociedade de consumo se aproprie da festa e a esvazie de conteúdo, a data será sempre a da festa dos trabalhadores, no simbolismo da luta pelos seus direitos e na lembrança dos mártires que os reivindicaram. Reino Unido – A conveniente acusação à Rússia pelo envenenamento de um ex-espião, que levou à retaliação diplomática de países da Nato, exige provas. As guerras, como a do Iraque, serviram para resolver problemas aos agressores. O RU está sob suspeita. Cambrydge Analytyca – A falência da empresa que atraiçoou as democracias e usou a fraude ao serviço dos piores políticos é um óbito desejado, mas não faltam recursos para novas formas de usar o conhecimento da Internet ao serviço do neoliberalismo. Moçambique – A morte de Afonso Dhlakama pode ter ocorrido na altura em que fosse útil à pacificação do País, mas a conduta terrorista do filho de régulo, fez jus ao partido tribal – Renamo –, criado pela racista Rodésia e sustentado pela gue

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) - 10.º Aniversário

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Participantes Escritura

ZÉDALMEIDA

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Na morte de um excelente criativo  e grande desenhador. Zédalmeida era um homem generoso e bom. Faleceu ontem. Hoje, restam as cinzas de um amigo de há 50 anos.  E os seus desenhos.

O poder e a democracia representativa

Apesar dos limites da democracia representativa e das injustiças que pode produzir, não conheço forma mais genuína de representação da vontade dos eleitores e de permitir a posterior alteração do voto, em função das decisões tomadas por cada partido. A democracia dilui-se sem uma componente social e económica, mas deixa de o ser se os deputados se furtarem ao exercício do mandato que as eleições lhe conferem. Não há assunto sobre o qual não possam e devam legislar, há apenas limites da CRP. O mais hipócrita dos argumentos é a ausência de um determinado tema no programa de um partido ou do compromisso prévio de uma determinada orientação num assunto em debate parlamentar, argumento usado pelos que rejeitam a alteração proposta. O que é válido para deputados é-o igualmente para governantes e ninguém espera que as decisões tenham constado dos programas eleitorais ou, sequer, sido previstas. Alguém acredita que um governo teria ganhado eleições se tivesse prometido vender a EDP, a

O Congresso do PS, as televisões e os cromos da minha caderneta

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O congresso de qualquer partido é importante, não apenas para os militantes, para todos os cidadãos que se interessam pela res publica. Sendo o PS o partido do Governo aumenta o interesse pelos seus principais atores e as propostas que apresentem, malgrado a liturgia que as ofusca ou o ruído que provocam. O que eu dispenso é a explicação do que é dito por profissionais da exegese política e a sobreposição destes ao filme dos congressos. Representam para os telespetadores o que os tradutores gestuais são para os surdos-mudos, às vezes com a qualidade do intérprete que se notabilizou num ato solene da África do Sul, a gesticular sem nexo. É, pois, por uma questão de salubridade mental que assisto, em diferido, aos congressos, limitando-me à imprensa escrita. Evito as colunas que explicam o que leio, e divirto-me com outras leituras. Exultei com o aparecimento da múmia de Cavaco Silva, receosa de que a eutanásia seja retroativa, a declarar que, nas próximas eleições, vota PCP ou CDS,

Não podemos esquecer…

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Há, na história dos países, datas condenadas a causar calafrios às gerações que sofreram as consequências. O 28 de maio foi, em Portugal, o início de uma longa ditadura. Esquecidos os massacres nas colónias, a censura, as prisões sem culpa formada, a guerra colonial, os assassinatos, a polícia política, os exílios, as torturas, os campos do Tarrafal e de São Nicolau, os presídios de Peniche, Caxias e Aljube, os Tribunais Plenários, os bufos e os rebufos, toda a violência fascista, corremos o risco do regresso. É na história, que já se branqueia, que devemos meditar, para não a repetirmos com um partido único e um salvador que nos garanta a paz, a prosperidade e a segurança que as greves, a liberdade de expressão e o pluralismo democrático põem em causa. O respeitinho é muito bonito.

O Congresso do PS, as televisões e os cromos da minha caderneta

O congresso de qualquer partido é importante, não apenas para os militantes, para todos os cidadãos que se interessam pela res publica. Sendo o PS o partido do Governo aumenta o interesse pelos seus principais atores e as propostas que apresentem, malgrado a liturgia que as ofusca ou o ruído que provocam. O que eu dispenso é a explicação do que é dito por profissionais da exegese política e a sobreposição destes ao filme dos congressos. Representam para os telespetadores o que os tradutores gestuais são para os surdos-mudos, às vezes com a qualidade do intérprete que se notabilizou num ato solene da África do Sul, a gesticular sem nexo. É, pois, por uma questão de salubridade mental que assisto, em diferido, aos congressos, limitando-me à imprensa escrita. Evito colunas que explicam o que leio e divirto-me com outras leituras. Exultei com o aparecimento da múmia de Cavaco Silva, receosa de que a eutanásia fosse retroativa, a declarar que, nas próximas eleições vota PCP ou CDS, isto

O referendo da Irlanda e a IVG

A chegada de Trump à presidência dos EUA não foi apenas uma catástrofe para a paz, o ambiente e a previsibilidade política, foi o início de um retrocesso civilizacional com os riscos acrescidos por um indivíduo impreparado, narcisista e imprevisível. Não há campo onde a influência deletéria do país mais poderoso da Humanidade não se faça sentir. A escalada da extrema-direita, a explosão dos nacionalismos agressivos e o recuo dos direitos humanos são a face visível de um poder que estava oculto e explode agora numa apoteose que augura os piores receios. Enquanto a fome, a guerra e a miséria produzem milhões de mortos e de deslocados, por todo o mundo, e as ditaduras ameaçam de novo os povos que julgavam ser a democracia perpétua, assiste-se, nos costumes, a uma batalha das forças mais obscurantistas. Dos EUA aos países sul-americanos, da Ásia à Europa, há uma escalada misógina, que se abeira da patologia islâmica ou do fundamentalismo de Malta. Na Eslováquia e na Polónia reforçam-

Confusão no albergue espanhol…

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A situação política espanhola regista, no presente, uma enorme convulsão. Com um governo afundado no escândalo Gürtel é verificável que estabilidade política sofreu um tremendo revés.   Marino Rajoy tem - em relação a este escândalo que desde há anos envolve a direção do PP - passado entre os pingos da chuva. Não é possível continuar a fazê-lo. Perdeu - com a sentença do caso Gürtel - toda a credibilidade necessária para prosseguir na governação. Rajoy tenta – mais uma vez - escapar a uma condenação de dirigentes partidários e do próprio PP que atinge o cúmulo jurídico 300 anos de prisão. Algum dia – o PP e os dirigentes a começar por Aznar - haveriam de ser apanhados na teias que urdiram.   O PSOE apresentou no Parlamento uma moção de censura link . Aparentemente, esta poderá colher um apoio maioritário de algumas bancadas parlamentares. O problema não é propriamente essa moção mas o que se seguirá. PSOE quer construir a partir da demissão de Rajoy um governo alterna

A eutanásia e o direito à vida

A vida é um direito que a direita confessional quer transformar em obrigação. Ninguém é obrigado a aceitar, para si, uma ‘morte doce’, mas o que está em causa, na tentativa de contrariar um direito individual, é a proibição daquilo a que ninguém será obrigado. Deus não devia ser para aqui chamado. Serviu, em tempos, para justificar a cremação de quem queria viver, suspeito de adorar um deus da concorrência, de ser possuído por um demónio, criado pelos algozes, ou de heresia, apostasia ou blasfémia. A Igreja cujo catecismo admite a pena de morte é a mesma que quer impor a obrigação de viver a quem já não suporta a vida, crente ou ateu, sem ter qualquer probabilidade de sobreviver a uma lenta e dolorosa agonia, inútil e devastadora. Há nesta discussão, de um direito individual, quem designe a eutanásia por assassínio ou a associe a um qualquer expediente eugénico que nenhuma lei pode deixar de prever e criminalizar. É uma maldade de muitos, que não se confundem com os que discordam

Francisco Assis – viagem sem regresso

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Para pior, bastava assim. O eurodeputado Francisco Assis tem um passado político demasiado relevante para que as suas legítimas opções políticas possam ser ignoradas, dentro e fora do PS. Quem, como eu, se reclama social-democrata, não pode rever-se da deriva liberal que se acentua no velho militante do PS e, muito menos, na reincidência com que se identifica com as aspirações da direita portuguesa. A entrevista ao Público desta terça-feira foi mais um serviço aos partidos que o usaram, quando da formação do atual Governo, e o dispensaram logo que deixou de ser-lhes útil. Nem se penitenciou do mal que fez ao partido e ao País, com um discurso catastrofista e anticomunista primário, ignorando a legitimidade do voto, igual para todos os partidos. Contra a sua vontade, o BE, o PCP e o PEV pouparam o PS à chantagem da direita de que estava refém e onde o PSD ameaçava ser a eterna charneira. Se há uma dívida de gratidão é do PS aos partidos à sua esquerda e não o contrário,

Na morte de António Arnaut

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Assistir ao upgrade, como ora se diz em português, feito pela direita sobre o SNS, foi o milagre em que o impudor e o oportunismo se juntaram na morte de António Arnaut. A unanimidade entre comentadores e dirigentes políticos da direita, com ar circunspeto, enganava qualquer cidadão que não tivesse assistido à discussão tumultuosa e à votação do projeto de lei do SNS na Assembleia da República. Uns esqueceram o que disseram, outros o que fazem e muitos outros, incluindo médicos do PS, a raiva com que admitiram um SNS, universal e gratuito, agora tendencialmente gratuito. O próprio Marcelo, muitos anos depois, como comentador televisivo, dizia ser injusto que ele, que podia pagar, tivesse assistência gratuita, num dissimulado ataque ao direito igual para todos, independente dos rendimentos e impostos individuais. Os esforços do cavaquismo e do ora Doutor Passos Coelho foram sempre no sentido de entregar o negócio da saúde aos privados, incluindo a Igreja católica, que acumula o do

Júlio Pomar

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 Aos 92 anos, faleceu ontem o grande artista plástico e lutador antifascista. Nas imagens ficam o criador e a criatura que o fascismo juntou no espaço exíguo de uma cela para criar a ampla amizade que os uniu na partilha do gosto pela liberdade.

‘Mens sana in corpore sano’

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O folheto que aqui fica foi entregue no sábado a todas as crianças das Academias Sporting que foram treinar no relvado de Alvalade. É o verdadeiro espírito fascista a impregnar a linguagem e o pensamento de uma mentalidade fascista. Apostila -- Os 10 mandamentos resumem-se a 2: o 3 e o 4 Apostila 2 - Um leitor enviou-me o do Porto. Aqui fica para memória futura.

Religião católica -- o futuro vem aí

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Tesourinho deprimente

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António Arnaut - Falecimento

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A morte, esperada, não surpreendeu, mas a ausência de quem marcou várias gerações será sentida em muitas outras. São supérfluos os elogios a quem foi e permanecerá uma referência intelectual, cívica e ética. Um dos fundadores do PS, antifascista de sempre, humanista e homem de cultura, deixa o seu nome ligado à mais emblemática das conquistas de Abril – o SNS, mas o cidadão exemplar foi também Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, advogado, escritor, conferencista e um pedagogo da democracia e do livre-pensamento. Faleceu um republicano, laico e democrata. Não mais fruiremos a companhia afável de quem defendia com entusiasmo as suas convicções, firmes, e mantinha enorme respeito pelos adversários. Fica o seu exemplo cívico e a obrigação de perpetuarmos os valores por que se bateu, os ideais que foram seus e fazermos nossa a luta que travou pelo SNS, a democracia e a liberdade. Faleceu um Homem.

Humor

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O Estado Islâmico já manifestou a sua satisfação pela derrota do Sporting. Não admite que um clube que joga em Al-valade e Al-cochete tenha Jesus como treinador.

Anda o mundo doido, cá dentro e lá fora!

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Assunção Cristas chegou a líder do CDS, partido amigo da UNITA, racista e tribal, que a guerra fria alimentou, e foi recebida pelo MPLA, de João Lourenço, na sequência das aulas que serviram de pretexto à viagem ao país que enjeito. Foi um abraço póstumo do MPLA a Savimbi. A PGR ignora os autarcas do PSD, Agostinho Branquinho, Valentim Loureiro, Virgílio Macedo, Hermínio Loureiro, Luís Filipe Meneses e Marco António, alegados autores do desvio de muitos milhões de euros municipais, revelados pela revista Visão, e é constituído arguido Manuel Pinho, para acabar despronunciado, não por capricho do juiz, mas por o MP se ter esquecido de o ouvir e de lhe comunicar os crimes de que era suspeito. Julgado foi o reitor da Universidade Fernando Pessoa, sempre à porta fechada, para não lhe denegrir a imagem, e condenado por comprovado desvio, superior a 2,19 milhões de euros, para si e familiares. Foi condenado a 1 ano e 3 meses de prisão, pena suspensa, e à devolução da importância, apena

Harry e Meghan: o ilusionismo da nobreza?

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A realeza ainda estrebucha no Velho Continente. Os casamentos reais sucedem-se com pompa e circunstância. Pior, desencadeando manifestações de euforia e ‘encantamento’ entre as plebeias populações. Ninguém conhece a verdadeira expressão desta adesão cujos contornos estão pejados de adereços alienantes. O casamento de Harry e Meghan é o exemplo mais recente. Mas esta esplendorosa alienação não aparece sem, à mistura, surgirem percalços alarmantes aparentemente abafados pelo ‘barulho das luzes’. O primeiro sintoma de que algo de errado estaria a ocorrer trata-se da epidérmica reação de matriz anglo-saxónica à origem étnica da noiva. Muita tinta correu sobre a sua filogenia rácica que se entronca numa miscelânea muito comum nos EUA. Os sibilinos relatos de escândalos e as perversas investigações sobre a família de Meghan – que contaram com a colaboração da parte desavinda dos parentes da noiva - revelam algo que tem sido uma constante, permanentemente disfarçada, da realeza e

A solidão e a fé

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A solidão é o cimento que cola o abandonado à fé, torna o proscrito crente, faz beata a pessoa e transforma cidadãos em trapos. A religião é o colchão que serve de cama ao desamparado, o mito que penetra os poros do desespero, o embuste a que se agarra o náufrago. É o vácuo a preencher o vazio, o nada que se acrescenta ao zero. O clérigo está para a família como o álcool para o corpo. Primeiro estranha-se, depois entranha-se e finalmente domina. A religião é o cancro que cresce com as pessoas e morre com elas. Cria metástases e atinge órgãos vitais. Mas é dos joelhos que se serve, esfolando-os, da coluna vertebral, dobrando-a, e do cérebro, atrofiando-o. A religião busca o sofrimento e condena o prazer. Preza o mito e esquece a realidade. Um crente faz o bem por interesse e o mal por obrigação. É generoso para agradar a Deus e perverso para o acalmar. Dá esmola para contentar o divino e abate um inimigo para ganhar o Paraíso. A religião vive da tradição e medo da morte. C

Lembra-se, leitores?

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Lembram-se de quando António Costa foi eleito secretário-geral do PS e de quando formou Governo? Lembram-se da revolta da Mealhada onde Francisco Assis, a espumar de raiva contra o PS, apoiado na AR pelo BE, PCP e PEV, quis criar uma vaga de fundo e conseguiu uma vaga de fumo de um restaurante, vindo da cozinha para meia dúzia de apaniguados, que se substituíram às centenas de militantes esperados? Lembram-se de Cavaco a ameaçar os portugueses e a denunciar, com os seus grunhidos, aos parceiros europeus de Portugal, o rumo inaceitável de um governo que o salazarista não suportava? Recordam-se do ora Doutor Passos Coelho a implorar a vinda do Diabo e da D. Maria Luís, a fingir de especialista de Finanças, a negociar as informações com um fundo abutre inglês, enquanto o Dr. Portas embarcava no submarino dos interesses? Que tempos! As televisões prescindiram dos avençados do PSD para ouvirem Francisco Assis, trocaram António Barreto por Assis, José Manuel Fernandes por Assis, Henr

Multinacionais da fé

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Reunião celestial ao mais alto nível

Mais inteligente és tu, mas mais força tenho eu.

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Não me venham com esses argumentos…

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Estou farto de que me rebatam com as agressões imperialistas a países islâmicos, com o saque de que são vítimas, as malfeitorias dos EUA e de Israel, a cumplicidade europeia e muito mais, para tolerar uma ideologia totalitária e criminosa – o Islão político. Tenho denunciado esses crimes, mas não os aceito como argumentos para um cómodo silêncio sobre o mais implacável dos monoteísmos e a sua demencial fúria prosélita. Aliás, gosto da Constituição dos EUA e em Israel aprecio a igualdade de género que não existe em nenhuma outra teocracia, seja o Vaticano, a teocracia monástica ortodoxa do Monte Athos e as islâmicas e não preciso de censurar tais países para denunciar o perigo muçulmano. Exijo a todas os devotos o respeito pela laicidade. Sei da História o suficiente para ter o dever de combater a influência das religiões nos aparelhos de Estado, num regresso em que o oportunismo dos políticos europeus trai a laicidade e compromete a democracia. Há um maniqueísmo intolerável q

A importância relativa

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Que interessam os massacres de palestinianos, os atentados terroristas que muçulmanos levam a cabo por uma assoalhada no Paraíso, o preço do petróleo, as manobras militares americanas com a Coreia do Sul na véspera de uma tentativa de paz com a Coreia do Norte, o preço do petróleo, multidões em fuga da guerra, os mortos do Mediterrâneo e as tragédias que encaminham o Mundo para uma guerra que pode ser a última? Que importa o aquecimento global a quem tem a esperança de vida de uma década, ou a hecatombe nuclear a quem já está morto por dentro e é incapaz de uma reflexão ou de um ato de generosidade? O lucro imediato e individual é superior ao ganho coletivo e a longo prazo. O poder é o afrodisíaco que é preciso fruir sem olhar a vítimas. Não interessa que, no futuro, falte a água, o oxigénio, o ozono, o espaço vital, o emprego e a segurança aos netos, se os avós e, talvez, os pais, puderem ainda consumir sem regra em algumas regiões do planeta. Renuncie-se ao que é de todos par

A força da imagem

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Um desenho publicado em http://www.publico.es/ que dispensa palavras

O PSD não lhe perdoa

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Rio diz que o país precisa de "governantes sérios" . É preciso nascer duas vezes para ter mais convicção do que o seu remoto antecessor na liderança do PSD.

Desabafo

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Enquanto em Jerusalém se semeia o ódio e se inviabiliza o futuro de dois Estados, com a solidariedade  indigna de 4 países da União Europeia, sinto-me palestiniano. Esta é a terceira vaga de uma escalada onde o capitalismo perdeu o rosto humano que a social-democracia lhe conferia e se prepara para o mundo unipolar que o pior presidente dos EUA impõe com a excitação de quem é indiferente ao dilúvio, que virá depois dele, e à devastação do Planeta que promove e a que é indiferente. Primeiro apareceram Ronald Reagan, Margaret Thatcher e João Paulo II; depois vieram George W. Bush, Blair e Aznar; agora chegaram Donald Trump, Benjamin Netanyahu e vários satélites de extrema-direita. O mundo está cada vez mais perigoso. E com mais desalmados dirigentes. As profecias só se cumprem à força.

O regresso de jihadistas a Portugal

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O diretor dos serviços secretos britânicos MI5, Andrew Parker, afirmou ontem que o grupo radical Estado Islâmico pretende provocar ataques ‘devastadores’ na Europa , um aviso mais a juntar ao rasto de sangue que o fascismo islâmico, regular e metodicamente tem levado a efeito. É inquietante o anunciado regresso a Portugal de uma população que o Corão intoxicou e o horror da guerra há de ter refinado. Refiro os jihadistas, a quem se extinguiu o sonho do califado ou, apenas, o consideram adiado, regressados da Síria e do Iraque. O regresso de mulheres e crianças, vítimas de um ambiente de proselitismo, terrorismo e oração, exige especiais cuidados, pelas ligações sentimentais e religiosas a trogloditas que a fé ensandeceu e a guerra empederniu, ressentidas com a falta de apoio do Profeta e a supremacia dos infiéis. Sem medidas securitárias que impeçam a continuação da doutrinação e proselitismo, ao mesmo tempo que se promova a integração dos que não cometeram crimes e julgament

BRASIL: o fatídico 'Memorandum'...

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A libertação (parcial) do sigilo de Estado de um documento da CIA classificado acabou por revelar-se um fatídico Memorandum sobre os crimes cometidos pela ditadura militar no Brasil link .  A sua leitura é 'obrigatória' para perceber as recentes evoluções da política brasileira.   Na verdade, no mesmo documento, incrimina-se 3 generais que exerceram sequencialmente o mais alto cargo politico brasileiro: Ernesto Geisel, o antecessor Emílio Garrastuzu Médici e o sucessor João Baptista Figueiredo.   Trata-se da confirmação (documental) daquilo que há muito tempo os democratas brasileiros têm afirmado sobre as dramáticas condições de violência que caracterizaram esses ‘anos de chumbo’.   Mais uma vez, e à posteriori , verifica-se a oportunidade política e informativa da ‘ Comissão da Verdade ’ que, em 2012, o governo da ex-presidente Dilma Rousseff , levou a efeito sobre um período alargado de violência que não se confina à ditadura militar.   Na verdade, para al

13 de maio de 2010

Há 8 anos em Coimbra Colóquio – Coimbra A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) comunica o seu programa cívico e cultural, a realizar em Coimbra, no próximo dia 13 de Maio, para o qual convida a população e a comunicação social. Quinta-Feira, 13 de Maio 2010 Colóquio: Ateísmo, Laicidade e Clericalismo em Portugal 14H00 – Tema: «A laicidade e o “Estado” do Vaticano» Ricardo Alves 15H 00 – Tema: Saber sobre deuses e crer em Deus Onofre Varela 16H00 – Tema: Ateísmo, laicidade e visita papal Carlos Esperança Local: Auditório da Fundação INATEL Agência de Coimbra – Rua Dr. António Granjo, 6 (Junto à Estação Nova)

Momento de Poesia

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Maio 68... Foi o Maio da esperança, em França, delírio épico de uma revolução romântica a cantar os hinos de todas as rebeldias, e a fazer crescer o sonho contra o desencanto. … Inspirou Portugal, na Revolução dos Cravos, que rompeu as trevas numa manhã de Abril. … Era um mundo velho, decrépito, que morria Era um mundo novo, de sonhos, que nascia… Alexandre de Castro Lisboa, Janeiro de 2018

Previsões meteorológicas a baixo custo

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Marcelo e o PR

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Há entre Marcelo Rebelo de Sousa e o PR um insanável conflito de interesses. O comunicador afável, não se conformando a fazer apenas comendadores, comentários e transfusões de afetos, corre o risco de ficar o que disse de Balsemão, no Expresso, se, acaso, não está já. O comentador bem pago de um canal televisivo acabou por ser comentador pro bono de todos os canais, jornais e emissoras, a todas as horas, em qualquer local, sobre todos os assuntos. Com alma de Perón, sem Evita, acaba pároco de aldeia a ouvir em confissão a horda de paroquianos que prefere o reverendo abade ao psicólogo. Na incontinência verbal que nutre afetos e corrói a reputação, o PR veste-se de Marcelo disparata. Ao referir-se a dois irmãos cantantes, de êxito internacional, qualificou-os de “embaixadores mais qualificados e mais eficientes do que a generalidade da nossa diplomacia” o que levou à carta de repúdio, pela comparação, da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses (ASDP). Há, de facto, um tal

Escândalos à medida das necessidades

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À medida que os sucessos no campo económico e no emprego se acumulam, esta direita mobiliza todos os ratos do seu esgoto para a orquestração concertada contra o governo, a que não perdoa o apoio parlamentar do BE, PCP e PEV cuja exclusão governamental julgava legítima e definitiva. Compreende-se a raiva e uma espécie de ressurreição do ELP e do MDLP, agora com as bombas e assassinatos ausentes. Cerca-se o governo com escândalos políticos, reais ou imaginários, reservados há muito para ocultar os seus e denegrir os resultados nos juros de empréstimos, na criação de emprego, na melhoria da média das remunerações, na confiança internacional e na estabilização da banca. Hoje, em vez de se lançar uma bomba a uma sede do PCP, dispara-se a suspeição de um lugar num desafio de futebol a um ministro; em vez de se matar um padre de esquerda, divulga-se o vídeo do interrogatório a um arguido da área adversária; por cada notícia benéfica solta-se um primata de Poiares a mandar calar o chefe

Donald Trump, o empreiteiro que rompe acordos

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Há três razões a impedir a designação de besta perfeita ao presidente do EUA. A primeira é o respeito que merece a função e o país, a segunda é o simples dever de educação e, finalmente, saber que ninguém é perfeito. É enorme a perplexidade perante o mais poderoso líder mundial, capaz de pôr em causa todos os compromissos assumidos pelo seu país, desde a normalização das relações com Cuba até ao acordo sobre o clima e, agora, o difícil e auspicioso acordo obtido sobre a desnuclearização do Irão. O Irão, com a própria e difícil anuência dos aiatolas, submeteu-se ao acordo unânime dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU (P5), China, França, Rússia, Reino Unido e os EUA, assinando a desistência do programa nuclear estruturado, em curso, altamente perigoso numa região fortemente instável. O desmantelamento do programa, em fase avançada, monitorizado pela Agência Internacional de Energia Atómica, sob cuja vigilância se mantém, foi escrupulosamente respeitado pelo Irão, co

Queima das fitas_ Coimbra 2018

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Meditação  Ecologia e reflexão  Pode o boi ser mais inteligente, mas são mais fortes os doutores.