Emmanuel Macron e a indisfarçável máscara de Direita…

O movimento ‘La France Insoumisse’ desencadeou um período de contestação ao Governo de Macron sob o lema ‘faire la fête à Macron’ link.
 
Emmanuel Macron constitui mais um exemplo das cíclicas esparelas que são apresentadas aos eleitores. Sob um lema pretensamente centrista que foi pacientemente armado contra os partidos institucionais, em primeiro lugar visando o PSF (que aceitou servir sob a presidência de Hollande) mas também indo pescar aos domínios ditos Republicanos (de Direita), o movimento ‘La France en Marche’, comandado por Macron, apresentou-se aos franceses e francesas como ‘ni de droite, ni de gauche’ link.
 
Um crónico disfarce para esconder opções políticas de Direita. Hoje, a maioria dos franceses já reconhece a política de Direita implementada a partir o Eliseu por Macron. O ‘pacote de reformas’ - laborais (ferroviários), acesso ao ensino superior, emigração, etc. - encaixa-se plenamente nas políticas neoliberais que a Direita tradicional (gaulista ou não) sempre desejou para a França link.
 
Faire la Fête à Macron’ é a tentativa de mobilização popular para travar este enorme embuste político que está a desestabilizar o País.
 
No campo da emigração a deriva é ainda mais profunda link. Não andará longe do que a Front National defendeu sobre este assunto durante as últimas presidenciais.
 
Que este fatídico exemplo sirva de lição aos incautos. Quando alguém aparecer na ribalta política a jurar que não é nem de Esquerda, nem de Direita, que fique assente – para memória futura – que o putativo candidato é seguramente de Direita e, pior, pretende esconder essa opção, o que será ainda mais desonesto.

Por cá também proliferam impudicas vestais e viris efebos que proclamam não aceitar esta 'artificial divisão' entre Esquerda e Direita. Atenção!

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